DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota lamentando "profundamente o tom pouco construtivo e a tônica desequilibrada" das declarações do relator especial da ONU sobre o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, no final de sua visita. Segundo a nota, as declarações "colocam em risco a objetividade de sua missão".
O ministério informou que o governo brasileiro, ao estender o convite permanente a todos os mecanismos criados pela Comissão de Direitos Humanos, se colocou no pequeno grupo de 12 países integrantes da ONU com posição similar.
Segundo a nota, o governo usou de total transparência, facilitou a obtenção de estudos e dados que pudessem ser úteis para que Ziegler avaliasse o direito à alimentação. Também assegurou acesso pleno às autoridades e garantiu diálogo livre e desimpedido com os interlocutores da sociedade civil.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, também rebateu as acusações de que a falta de uma reforma agrária eficiente é uma das principais causas da injustiça social. Ele disse que Ziegler demonstrou "ignorância" sobre os problemas sociais brasileiros e que deveria parar de falar "bobagens".



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