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Ciro diz ser aliado, mas cita cutucadas de petistas
Deputado do PSB afirma que sinceridade não é defeito
DA REPORTAGEM LOCAL
O deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes afirmou ontem à noite, pouco antes de iniciar sua participação num debate com estudantes de direito
da USP, que "não conhece divergência do PT com o PSB em
lugar nenhum".
Apesar de ignorar o apelo do
PT-SP para que ele se retrate
por ter dito, à Folha, que o partido no Estado é um desastre,
Ciro tentou amenizar ruídos.
"O que eu falei eu repito (...)
A eficiência medíocre do PSDB
se afirma na situação desastrada que vive o PT. Não são as administrações [do PT], é o que
aconteceu, justa ou injustamente. Eu não comemoro isso.
Aconteceu um desastre no PT
de São Paulo, aí eu fui dizendo
os nomes: olha o que aconteceu
com o José Dirceu, com a Marta, com o Mercadante, com o
João Paulo. (...) De uma parte
deles eu sou até testemunha
em juízo. Portanto, sou aliado.
Agora, vão fazer de conta que
não aconteceu?", indagou.
Na entrevista à Folha publicada segunda-feira, ele disse
que o PT paulista vive uma crise de confiabilidade e credibilidade por conta do suposto envolvimento de seus quadros em
escândalos, como o mensalão.
Ontem, disse que petistas o
"cutucaram" no passado e nunca se retrataram. Portanto, "o
PT não precisa ficar magoado".
"Poderemos estar chegando
num tempo em que ser sincero
é um defeito", disse.
O deputado reiterou querer
disputar a Presidência e que só
desistirá a pedido do PSB. "Aí
nenhum brasileiro poderá dizer: "Ele desistiu, bastou o Lula
botar ele no canto da parede e
dar uma alisadinha e ele se entregou". Comigo, não."
(MD)
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