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PMDB traça programa e nega "prato feito" do PT
Para Nelson Jobim, partido não pode fazer mera "adesão"
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No primeiro encontro formal
para a elaboração de seu programa de governo, o PMDB
mandou um recado ao PT, com
quem negocia uma aliança eleitoral: não aceitará "prato feito"
e não fará meramente uma
"adesão ao plano petista". A
ideia do partido é apresentar
um projeto "moderado e equilibrado" em contraposição ao
dos aliados na coalizão.
O texto será sintético e evitará polêmicas, o que, na opinião
da cúpula peemedebista, contribuirá para a aliança e para
suavizar o documento final.
"Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar, vamos fazer
eventualmente uma coligação,
portanto vamos dialogar e você
só faz coalizão eleitoral dialogando com programas de governo", afirmou o presidente
do partido, deputado Michel
Temer (PMDB-SP), que tenta
se firmar como vice de Dilma
Rousseff (Casa Civil).
Para o ministro Nelson Jobim (Defesa), o programa tem
que ter identidade. "Sustentamos hoje [ontem] que o partido
tem que ter uma definição do
programa de governo, que não
seja meramente uma adesão ao
programa do PT", disse.
O PMDB programou para 8
de maio, em Brasília, o evento
em que será aprovada a versão
final do programa de governo.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tentou assumir a responsabilidade
sobre o apêndice econômico,
mas foi desautorizado. O partido não quer ficar só com a
"marca" do presidente do BC.
Henrique Eduardo Alves
(RN), Eliseu Padilha (RS), Moreira Franco e Mangabeira Unger também compareceram.
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