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Padre-prefeito nega acusações
em Bom Jesus das Selvas (MA)
O padre José de Ribamar Moraes
Filho (PMDB), prefeito cassado de
Bom Jesus das Selvas, nega todas
as acusações contra sua administração. Leia a seguir trechos de sua
entrevista à Agência Folha.
Agência Folha - Como o senhor
analisa todas essas acusações?
José de Ribamar Moraes Filho -
Os vereadores fizeram um acordo
político com meu adversário (o
pastor da Assembléia de Deus e vice-prefeito, Pedro Fernandes da
Silva-PMDB) que, se me tirassem,
ganhariam mais cargos e mais dinheiro. Não vou desviar dinheiro
público para comprar políticos.
Prefiro perder meu mandato, mas
saio com a consciência limpa.
Agência Folha - O sr. é acusado
de fornecer bebidas alcoólicas e
maconha para os índios tumultuarem a sessão da Câmara e de incitar a população contra vereadores.
Moraes Filho - Ninguém pode
tirar a cachaça do índio. Lá dentro
do mato não tem cachaça, e quando eles chegam à cidade bebem, isso é comum. A maconha eu não
sei. Os índios são meus amigos e,
quando souberam que queriam tirar o prefeito, vieram correndo.
Agência Folha - O sr. tem uma
chefe-de-gabinete chamada Zuila,
que é mãe-de-santo?
Moraes Filho - Dona Zuila, que
é mãe-de-santo e funcionária da
prefeitura, ganha R$ 120. A chefe
de gabinete é outra senhora que
não tem nada a ver com isso. Sou
prefeito do município e não da
Igreja Católica.
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