São Paulo, domingo, 19 de abril de 1998

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Padre-prefeito nega acusações

em Bom Jesus das Selvas (MA)

O padre José de Ribamar Moraes Filho (PMDB), prefeito cassado de Bom Jesus das Selvas, nega todas as acusações contra sua administração. Leia a seguir trechos de sua entrevista à Agência Folha.

Agência Folha - Como o senhor analisa todas essas acusações?
José de Ribamar Moraes Filho -
Os vereadores fizeram um acordo político com meu adversário (o pastor da Assembléia de Deus e vice-prefeito, Pedro Fernandes da Silva-PMDB) que, se me tirassem, ganhariam mais cargos e mais dinheiro. Não vou desviar dinheiro público para comprar políticos. Prefiro perder meu mandato, mas saio com a consciência limpa.
Agência Folha - O sr. é acusado de fornecer bebidas alcoólicas e maconha para os índios tumultuarem a sessão da Câmara e de incitar a população contra vereadores.
Moraes Filho -
Ninguém pode tirar a cachaça do índio. Lá dentro do mato não tem cachaça, e quando eles chegam à cidade bebem, isso é comum. A maconha eu não sei. Os índios são meus amigos e, quando souberam que queriam tirar o prefeito, vieram correndo.
Agência Folha - O sr. tem uma chefe-de-gabinete chamada Zuila, que é mãe-de-santo?
Moraes Filho -
Dona Zuila, que é mãe-de-santo e funcionária da prefeitura, ganha R$ 120. A chefe de gabinete é outra senhora que não tem nada a ver com isso. Sou prefeito do município e não da Igreja Católica.



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