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Advogado da Price vê "manobra"
da Reportagem Local
O advogado Sérgio Bermudes,
que defende a Price Waterhouse,
considera "temerária e infundada"
a ação de indenização proposta pelos ex-controladores do Noroeste.
"É uma manobra que a Price repele com indignação", disse o advogado, ontem, ouvido por telefone em sua casa, no Rio de Janeiro.
A firma de auditoria ainda não
foi citada e deverá apresentar sua
contestação.
Segundo o advogado, trata-se de
"uma manobra diversionista, com
o visível propósito de atirar a responsabilidade sobre os auditores".
Para o advogado, "tudo ocorreu
dentro do Noroeste, sob a responsabilidade de seus dirigentes".
"Os auditores não são a Scotland
Yard. Eles são chamados para verificar se as contas foram prestadas
com exatidão, se as despesas correspondem aos comprovantes e se
há documentos que sustentem as
operações", afirma Bermudes. "O
auditor não sai fuçando a companhia para descobrir ilícitos."
Bermudes diz que "a firma de auditoria tem consciência de sua posição, recusou a proposta de um
acordo e de um juízo arbitral" (julgamento privado, feito por um
grupo nomeado de especialistas
em auditoria e contabilidade).
"Quem tem de julgar é a Justiça.
A Price quer que a questão seja discutida em público", diz Bermudes.
Procurado por telefone pela Folha, ontem, o ex-diretor de operações internacionais do Noroeste
Nelson Sakagushi informou, por
intermédio de sua mulher, que não
gostaria de se manifestar.
(FV)
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