São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 2000 |
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PAINEL Trégua estratégica Após lançar uma ponte em direção ao MST, o Planalto fechou ontem um pacto de convivência mínima entre ACM e o PMDB de Jader, Geddel e Padilha (Transportes). Os brigões devem tirar o pé do acelerador e dar uma trégua para FHC tratar de conflitos mais urgentes, como as greves e manifestações que se alastram pelo país. Tela quente Nem ACM nem Jader. As atenções ontem à tarde no Planalto, no Congresso e nos ministérios estavam voltadas para as transmissões ao vivo pela TV do conflito entre a polícia e manifestantes na avenida Paulista. Tocaia grande ACM está disposto a manter relações formais com Jader Barbalho (PMDB) daqui em diante. Mas perdoá-lo, nunca. Nos bastidores, o baiano continua empenhado em se municiar de denúncias contra seu desafeto. Ataque sincronizado Em nome de FHC, Pedro Parente (Casa Civil) e Aloysio Nunes Ferreira (Secretaria Geral) conversaram ontem com ACM. O presidente esteve pessoalmente anteontem com a cúpula do PMDB em jantar na casa de Fernando Bezerra (Integração Nacional). Sobre as brigas, foi claro: "Isso precisa parar". Ora, os barnabés O Planalto topa conversar com os servidores públicos federais em greve, desde que eles suspendam a paralisação. Não deixa de ser uma mudança de atitude, mas o governo tem pouco a oferecer. Depois do aumento ínfimo do mínimo, fica difícil reajustar o salários dos barnabés. Recibo passado Embora seja desconhecido o teor da carta que Jader enviou a ACM, o Ministério das Minas e Energia comprou a versão de que se refere a um suposto contrato entre a empreiteira OAS e a Eletrobrás. Feito um levantamento, o ministério garante que desde 95 não há nenhum contrato entre as empresas. Quanta ingratidão A cúpula PSDB reagiu mal à maneira como Luiz Carlos Mendonça de Barros, o Mendonção, deixou o partido, sem dar satisfações a ninguém. Acha que foi muita desconsideração do ex-ministro. Motivo: ele só foi aceito na sigla devido às pressões da cúpula tucana. FHC não queria. Esquerda dividida Vendo ir embora o apoio do PDT a Marta Suplicy, o PT já começou a jogar pesado para reverter o apoio do PPS a Luiza Erundina (PSB) em São Paulo. É por intermédio de Ciro Gomes, que faz restrições à adesão do partido à candidatura da ex-prefeita, que os petistas pretendem tumultuar o campo da esquerda. Deve sair para breve uma conversa entre Lula e Ciro. Partido em polvorosa A insistência de Ciro em sustentar a candidatura Mangabeira Unger em São Paulo já causa grande mal-estar na legenda. Caciques do PPS dizem que o apoio a Erundina é decisão partidária, que o presidenciável sabia dela e que Mangabeira havia defendido essa posição publicamente em fevereiro. Pois é. Tapete vermelho Itamar Franco (MG) é convidado de honra de Lula para o lançamento do Projeto Moradia, um plano nacional de habitação popular e política urbana que o Instituto Cidadania, ligado ao PT, lança dia 26 em SP. Mata-mosquito Caíram os casos de dengue notificados no país entre janeiro e março deste ano, em comparação com o mesmo período dos anos anteriores. Em 97 foram 106 mil; em 98 subiram para 261 mil; caíram para 81 mil em 99; e, este ano, recuaram para 33 mil. Visita à Folha Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves. TIROTEIO De Emerson Kapaz (PPS-SP), sobre Ciro Gomes ter dito que prefere apoiar Marta Suplicy (PT) em São Paulo se Luiza Erundina (PSB) tiver a simpatia de FHC, como lhe parece: - Quem está aliada ao PSDB é Patrícia Gomes, em Fortaleza, não Luiza Erundina, em São Paulo. E Ciro sabe disso. CONTRAPONTO Intuição feminina
No último Carnaval, Carola de
Oliveira, ex-Scarpa, era uma das
ditas "estrelas" do camarote do
prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PTN), no desfile das escolas
de samba no Anhembi. |
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