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OUTRO LADO
Planalto diz que liberação coincidiu com pedido CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O subsecretário-geral da Presidência da República, Marcelo
Cordeiro, nega que o governo
federal tenha feito uso político
das verbas destinadas às emendas dos parlamentares ao Orçamento da União para barrar
a CPI da corrupção.
"Em primeiro lugar, essa manipulação seria burrice porque
seria algo muito vulnerável. A
liberação de recursos é feita de
forma transparente. Segundo,
não teria efeito prático porque
não é isso que decide o comportamento dos parlamentares", disse Cordeiro.
"O governo foi contra a CPI,
sim, porque ela pararia o país,
mas os argumentos usados
com os parlamentares foram
políticos. Esse governo tem um
patrimônio a preservar. Não se
arriscaria com esse tipo de manipulação", disse.
Para tentar provar que não
houve perseguição a quem
apoiou o pedido de CPI, Cordeiro citou como exemplo o
atendimento de 71 emendas,
no valor de R$ 4 milhões, de 43
deputados e senadores da oposição que assinaram o pedido.
O subsecretário afirma que o
pagamento dos "restos a pagar" estava represado desde o
início do ano porque a Caixa
Econômica Federal estava preparando os convênios para os
ministérios.
Os pagamentos só foram efetuados a partir de 25 de abril,
quando os ministros Pedro
Malan (Fazenda) e Martus Tavares (Planejamento) baixaram portaria interministerial
alterando os limites legais para
esses gastos.
Coincidência
"Pode ter havido coincidência com o período de apresentação do pedido de CPI. Mas o
que poderíamos fazer? Deveríamos parar o país, dar calote
nas prefeituras, só porque havia um pedido de CPI. Fizemos
todos os pagamentos, sem
olhar quem era o autor", disse
Cordeiro.
O deputado Augusto Nardes
(PPB-RS) afirmou ontem que a
retirada da sua assinatura do
pedido de CPI não foi fruto de
pressão por parte do governo
nem de negociações envolvendo verbas.
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