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ROMBO AMAZÔNICO
Pedido feito ontem pelo Ministério Público em Tocantins inclui um ex-superintendente da Sudam
Procuradoria tenta quebrar sigilo de 40 suspeitos de fraude
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério Público Federal
em Tocantins pediu ontem à Justiça Federal a quebra de sigilo
bancário de 40 pessoas acusadas
de envolvimento em fraudes na
Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Entre os suspeitos estão os ex-secretários-executivos do Ministério da Integração Nacional Benivaldo Alves de Azevedo e Maurício Vasconcelos e o ex-superintendente da Sudam Arthur Guedes Tourinho.
No grupo chamado de "operadores externos" pelo Ministério
Público estão Geraldo Pinto da
Silva e Maria Auxiliadora Martins, donos de escritórios de consultoria cadastrados na Sudam.
Eles representavam empresas que
receberam incentivos do Finam.
Também foi pedida a quebra de
sigilo bancário de cinco funcionários da Sudam, de empresários
que forneciam notas frias para
fraudar a Sudam e de empresários
beneficiados pelas fraudes, entre
eles José Soares Sobrinho, líder do
Grupo Soares e aliado do senador
Jader Barbalho (PMDB-PA).
O pedido de quebra de sigilo foi
apresentado ontem à juíza Edinamar Silva Ramos, da 2ª Vara da
Justiça Federal em Tocantins, pelo procurador federal Mário Lúcio Avelar. Edinamar determinou
em abril a prisão preventiva de 21
pessoas acusadas de fraudar a Sudam. Após quatro dias detidos,
todos foram soltos pela Justiça.
A investigação das fraudes na
Sudam foi descentralizada em
reunião realizada anteontem em
Palmas, com a participação de
procuradores de Tocantins, Mato
Grosso, Amazonas, Maranhão e
Pará e delegados da Polícia Federal em Tocantins e Pará.
A Polícia Federal vai tocar investigações paralelas em nove Estados, mas as informações serão
todas transmitidas para o delegado Hélbio Dias Leite, que coordenador do inquérito-mãe em Palmas. Também participou da reunião em Palmas o delegado da PF
no Pará, Disney Rosseti.
(LUCIO VAZ)
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