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São Paulo, segunda-feira, 19 de maio de 2003

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Presidente define suas viagens em 2003 e privilegia Terceiro Mundo

FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará aos EUA em setembro, para a abertura da sessão anual da ONU (Organização das Nações Unidas). Lula deve pedir um novo encontro com o presidente norte-americano, George W. Bush, que ocorreria durante a mesma viagem.
Em reunião no sábado, no Palácio do Alvorada, Lula e assessores de seu gabinete estabeleceram uma agenda de viagens internacionais até o final do ano. Trata-se de uma previsão, ainda sujeita a alterações e confirmação oficial, segundo ressaltou um assessor.
Não está certo ainda se Lula pessoalmente abrirá a sessão anual da ONU, em Nova York, ou se apenas assistirá à cerimônia. Tradicionalmente, a abertura dos trabalhos cabe ao Brasil.
Quanto a um eventual encontro com Bush, seria o segundo desde a vitória de Lula nas eleições e o primeiro após sua posse. Desde então, as relações entre os dois ficaram mais distantes em razão da oposição do Brasil à guerra no Iraque. Segundo reportagem da "Carta Capital", não contestada pelo Planalto, Lula chegou a referir-se a Bush como "alucinado" por sua defesa da ação militar.
Antes dos EUA, no entanto, Lula fará um périplo pelo Terceiro Mundo, em consonância com sua política externa de intensificar laços e influência junto aos emergentes. Nesta semana, ele irá ao Peru, para reunião do Grupo do Rio, e, em seguida, à Argentina, para a posse do presidente eleito Néstor Kirchner.
Em junho, viajará ao Paraguai, para reunião do Mercosul, e, em agosto, à África, privilegiando visita aos países de língua portuguesa. Lula também deve ir ao Oriente Médio no segundo semestre.
À Europa, estão previstas três viagens: em junho, para acompanhar a reunião do G-8, em julho, para França, Espanha e Reino Unido, e em outubro, à Itália, para encontro da FAO (órgão da ONU para agricultura e alimentação).
No encontro, Lula voltou a reclamar que sua agenda diária está carregada e pediu "maior seletividade", além de "qualidade no lugar de quantidade".


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