|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Presidente define suas viagens em 2003 e privilegia Terceiro Mundo
FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva viajará aos EUA em setembro, para a abertura da sessão
anual da ONU (Organização das
Nações Unidas). Lula deve pedir
um novo encontro com o presidente norte-americano, George
W. Bush, que ocorreria durante a
mesma viagem.
Em reunião no sábado, no Palácio do Alvorada, Lula e assessores
de seu gabinete estabeleceram
uma agenda de viagens internacionais até o final do ano. Trata-se
de uma previsão, ainda sujeita a
alterações e confirmação oficial,
segundo ressaltou um assessor.
Não está certo ainda se Lula pessoalmente abrirá a sessão anual
da ONU, em Nova York, ou se
apenas assistirá à cerimônia. Tradicionalmente, a abertura dos trabalhos cabe ao Brasil.
Quanto a um eventual encontro
com Bush, seria o segundo desde
a vitória de Lula nas eleições e o
primeiro após sua posse. Desde
então, as relações entre os dois ficaram mais distantes em razão da
oposição do Brasil à guerra no
Iraque. Segundo reportagem da
"Carta Capital", não contestada
pelo Planalto, Lula chegou a referir-se a Bush como "alucinado"
por sua defesa da ação militar.
Antes dos EUA, no entanto, Lula fará um périplo pelo Terceiro
Mundo, em consonância com sua
política externa de intensificar laços e influência junto aos emergentes. Nesta semana, ele irá ao
Peru, para reunião do Grupo do
Rio, e, em seguida, à Argentina,
para a posse do presidente eleito
Néstor Kirchner.
Em junho, viajará ao Paraguai,
para reunião do Mercosul, e, em
agosto, à África, privilegiando visita aos países de língua portuguesa. Lula também deve ir ao Oriente Médio no segundo semestre.
À Europa, estão previstas três
viagens: em junho, para acompanhar a reunião do G-8, em julho,
para França, Espanha e Reino
Unido, e em outubro, à Itália, para
encontro da FAO (órgão da ONU
para agricultura e alimentação).
No encontro, Lula voltou a reclamar que sua agenda diária está
carregada e pediu "maior seletividade", além de "qualidade no lugar de quantidade".
Texto Anterior: Sociedade quer queda de juro, afirma Tarso Próximo Texto: Mudança e conflito: Palocci aprofunda Malan, diz centro petista Índice
|