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SAIBA MAIS
Após eleições, título se valorizou
DE NOVA YORK
Quem colocou dinheiro
em títulos brasileiros no ano
passado vê agora seu investimento ser significativamente valorizado por causa da
percepção de está menos arriscado apostar no país.
Essa "percepção" é usualmente traduzida pelo chamado risco-país, índice que
tem relação inversa com as
flutuações dos preços dos títulos. Dessa forma, queda do
risco-país significa aumento
do valor dos títulos brasileiros -papéis que representam dívida a ser paga daqui a
alguns anos.
Quem comprou títulos do
Brasil no ano passado ("O
melhor negócio do mundo",
disse William Rhodes) vê
agora seu investimento ser
significativamente valorizado. É o que acontece, por
exemplo, com Mohamed El-Erian e a Pimco.
Investir no Brasil estava
mais barato em 2002 por
causa, sobretudo, da leitura
feita fora do país a respeito
da eleição presidencial.
Diante da incerteza do que
aconteceria com a vitória da
oposição, muitos investidores preferiram tirar seu dinheiro do país. Com o aumento da oferta, o preço dos
títulos brasileiros caiu significativamente.
É justamente esse "medo"
de levar um calote que o risco-país tenta medir. Elaborado pelo banco JP Morgan a
partir de uma cesta de títulos, o índice avalia diversos
mercados emergentes e é
oficialmente chamado de
Embi+.
Embora seja feito a partir
de critérios determinados
tão somente pelo JP Morgan,
o risco-país é largamente reconhecido como retrato da
avaliação que se tem de determinado país em um momento qualquer.
No ano passado, o índice
brasileiro subiu consideravelmente -o que El-Erian
definiu, à época, como "deslocamento técnico de mercado". Depois de atingir um
pico de 2.443 pontos em setembro, o índice fechou na
última sexta-feira em 808
pontos. Parte dos analistas,
porém, duvida que tal movimento de queda continuará
no curto prazo.
(RD)
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