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Alencar defende ouvir convenção
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O senador José Alencar (PL-MG) afirmou na noite de ontem
que vai defender que a definição
de o partido formalizar ou não a
coligação com o PT seja tomada
apenas na convenção nacional do
PL, que acontecerá no próximo
domingo, em Brasília.
"O partido tem que ouvir a convenção. Se ela disser não, temos
que respeitar a vontade da maioria. Sou a favor de levar [a discussão" à convenção para ganhar ou
para perder", disse o senador, que
já anunciou que aceita ser o vice
do candidato petista Luiz Inácio
Lula da Silva.
Como o acordo está difícil de ser
fechado por problemas nos diretórios regionais, os liberais que
defendem a aliança formal com
Lula tentam agora tirar a decisão
das mãos da cúpula e jogar para
os convencionais. Poderia haver
uma chance de vitória.
Se não vingar a aliança, Alencar
não seria vice de Lula. Com isso, o
PL-MG tentaria convencê-lo a
disputar o governo de Minas, coligado com o PT, fortalecendo o
palanque de Lula no Estado.
Mas Alencar disse à Agência Folha que não aceita essa disputa. "O
Estado de Minas é muito importante. Se não houver aqui [em
Brasília" um acordo, volto para
casa, vou cumprir meu mandato
no Senado, que termina em
2007", disse.
Sobre a decisão do governador
Itamar Franco de apoiar a pré-candidatura do presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB) ao governo mineiro, ele se limitou a dizer: "Obviamente, o palanque do
Aécio é o palanque do PSDB, que
é o palanque do José Serra".
(PAULO PEIXOTO)
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