|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dirceu fala com FHC antes de ir à Casa Branca
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
O presidente nacional do PT, José Dirceu, conversou por telefone
com o presidente Fernando Henrique Cardoso antes de viajar para
Washington, onde encontrou-se
ontem com assessores do alto escalão da Casa Branca e com diretores de instituições multilaterais.
Dirceu mencionou o telefonema durante encontro no BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), do qual participaram também representantes do
FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Bird (Banco Mundial). Ele disse ter procurado FHC
para informar sobre os encontros
oficiais que teria em Washington.
Dirceu disse que FHC irá apoiar
o candidato do PT à presidência,
Luiz Inácio Lula da Silva, se o candidato do governo, José Serra, não
chegar ao segundo turno. Ele acha
porém que a candidatura Serra
deverá reagir e reverter a subida
nas pesquisas de Ciro Gomes.
Além da cúpula do BID, estavam presentes na platéia o economista Lorenzo Perez, diretor assistente do departamento de hemisfério ocidental do FMI, e diretores do Banco Mundial. Dirceu
repetiu as promessas segundo as
quais o PT está comprometido
com o superávit primário e com o
câmbio flexível, mas rejeitou a
idéia de tornar o BC independente ou de manter Armínio Fraga na
presidência da instituição.
Segundo Dirceu, o PT não tem
nada "pessoal" contra Fraga, mas
considera que o presidente do BC
deve estar comprometido com o
projeto do partido. Disse que uma
das prioridades do PT é regulamentar o artigo 192 da Constituição, sobre o sistema financeiro.
Após o encontro no BID, Dirceu
encontrou-se na Casa Branca
com o conselheiro de segurança
nacional da Casa Branca para a
América Latina, John Maisto, e
com Lawrence Lindsey, assessor
econômico pessoal de Bush.
"Será uma reunião de troca de
informações e impressões mútuas entre o PT e a administração
Bush", afirmou Dirceu antes do
encontro. "Acredito que (os encontros) acontecerão também
com outros partidos e outros candidatos", disse, ao ser informado
que Ciro não foi recebido pela Casa Branca quando foi a Washington. "Tenho a convicção de que o
Brasil é um país muito importante neste momento para os EUA,
não só pela questão da Alca e do
livre comércio, mas também pela
estabilidade da América do Sul".
Antes de ir à Casa Branca, Dirceu almoçou com economistas do
IIE (Institute for International
Economics) um dos principais
centros de estudos dos EUA.
Texto Anterior: Malan critica proposta de Lula de renegociação Próximo Texto: Dirceu é o 1º petista a entrar na Casa Branca Índice
|