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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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PAINEL

Primeiro emprego
Completados seis meses de governo, Lula acha que é hora de o ministério mostrar serviço. Acabou o período de aprendizagem da máquina administrativa. Começou a contagem regressiva da reforma ministerial.

Torcida organizada
Peemedebistas apostam que Lula será obrigado a mudar seu ministério entre o primeiro e o segundo turno de votação das reformas da Previdência e tributária na Câmara dos Deputados.

Por um fio
José Dirceu (Casa Civil) e João Paulo (Câmara) acertaram os ponteiros em longo telefonema na noite de quinta passada. O ministro no DF e o deputado em Buenos Aires. Os dois andaram se trombando na negociação da reforma da Previdência.

Margem de segurança
Avaliação feita no governo: foi melhor manter o acordo da base aliada na Câmara dos Deputados para mudanças na reforma previdenciária. Do contrário, nada mais seria aprovado.

Afinar os ponteiros
Ronaldo Lessa (PSB-AL) vai sugerir a Lula que promova uma nova reunião com os governadores, antes da votação das reformas. Mas o governador acha que os líderes partidários deveriam ser convidados também. A fim de evitar novas crises.

Bico-de-papagaio
Surgiu enfim algo em comum entre o senador paulista Aloizio Mercadante (PT) e o presidente da Câmara, João Paulo (PT-SP), interlocutores nem sempre cordiais na coordenação política do governo Lula: estão ambos com dores nas costas.

Volta ao mundo
Lula continuará a todo o vapor nos próximos meses em seu roteiro internacional: em agosto, o petista irá a cinco países africanos. Em setembro, poderá ir a Cuba. E, em novembro, visitará a Síria, a Jordânia e o Líbano.

Na hora H
As tendências da esquerda do PT, inclusive a DS de Heloísa Helena, estão se reunindo para decidir se cumprirão resolução do Diretório Nacional do partido que obriga os parlamentares a votar favoravelmente à reforma da Previdência de Lula.

Novos horizontes
A decisão sobre aceitar ou não a imposição de voto fechado na reforma terá uma importância crucial para as tendências petistas. Não cumprir a resolução do Diretório Nacional do PT significará, na prática, dar o primeiro passo para a fundação de um novo partido de esquerda.

Operação Brasil
Membros da CPI do Banestado ficaram espantados com as condições materiais à disposição da força-tarefa que apura no PR as remessas bilionárias para os EUA. Faltam até cadeiras.

Único nome
O governo federal pretende encaminhar ao Congresso nos próximos dias projeto de lei concedendo maior autonomia às 57 universidades federais. Pelo texto, não será mais obrigatório apresentar ao ministro da Educação uma lista tríplice na eleição para reitores.

Última palavra
Pela proposta do governo, professores, alunos e funcionários, que hoje representam 70%, 15% e 15%, respectivamente, do colégio eleitoral das universidades, decidirão o peso dos votos de cada setor na indicação dos reitores. Mas o MEC continuará referendando a decisão final.

Agora, vai
Saiu finalmente a nomeação do ex-senador Francisco Escórcio para a assessoria do Planalto. Indicação abençoada por Sarney. Seu maior feito conhecido foi um discurso pela convocação de Romário na Copa de 2002.

TIROTEIO

De Arthur Virgílio (PSDB), sobre Aldo Rebelo (PC do B) ironizar as críticas às declarações de Lula sobre os EUA, dizendo que não vê com bons olhos a possibilidade de o tucano assumir a embaixada norte-americana no Brasil:
-Aldo precisa ser mais líder do governo e menos presidente da UNE. Olhar o processo com mais responsabilidade. Ou, então, esse "governiço" acabará no vinagre.

CONTRAPONTO

O último a saber

Geraldo Alckmin (SP) cogitou a possibilidade de desativar a Casa de Detenção do Carandiru e implodir alguns pavilhões do sistema antes da eleição de 2002. Mas acabou desistindo por avaliar que os adversários poderiam usar o fato para atacá-lo.
Com os altos índices de criminalidade e a superlotação de presídios, seria difícil explicar no calor da campanha as razões para fechar o complexo.
Reeleito, preparou-se para o grande dia: 8 de dezembro de 2002. Na hora marcada, acionou o dispositivo que reduziria os três pavilhões do complexo a pó. Mas nada aconteceu.
Os técnicos tinham se esquecido de avisá-lo de que, entre o acionamento e a explosão, havia um intervalo de segundos. Alckmin já antevia o ridículo, quando o prédio veio abaixo, como programado. Aliviado, disse:
-Foram segundos que duraram uma eternidade!


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