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São Paulo, sábado, 19 de julho de 2003

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SEM BONÉ

Contrariada, base aliada quer mudar parecer

Alan Marques/Folha Imagem
Marinho sai da reunião usando o boné da CUT com o qual presentearia Lula caso fosse atendido


DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Parte da base aliada ao governo na Câmara vai trabalhar para mudar o parecer da reforma da Previdência apresentado anteontem na comissão especial que analisa o tema. O Planalto, por sua vez, quer votar o texto sem alterações.
A insatisfação foi gerada pela modificação de pontos do parecer defendidos pela base momentos antes de sua apresentação pelo relator José Pimentel (PT-CE).
"As alterações causam uma inquietação na base. O líder fica sem ter o que dizer. Ele diz que foi acertado isso, isso e isso, e depois não é. Isso enfraquece um partido como o PMDB, que é muito difícil de ser conduzido", afirmou o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), que está na liderança enquanto o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) está nos EUA.
Uma das mudanças feitas de última hora foi a redução do limite de isenção das pensões de R$ 2.400 para R$ 1.058. Outra alteração foi a fixação do subteto salarial para o Judiciário nos Estados em 75% dos rendimentos dos ministros do STF, contra 90,25% da versão original. A questão principal para o PMDB e o PTB é reverter a redução do limite de isenção das pensões. Já o PL quer negociar o subteto do Judiciário nos Estados.
O governo não conseguiu assegurar quórum ontem para a abertura de sessão ordinária na Câmara, o que atrasou em um dia a tramitação da reforma da Previdência na comissão especial.
Às 9h, horário de abertura da sessão, havia 40 deputados presentes, quando é necessário um mínimo de 52. Se houver quórum na segunda-feira a discussão começa quarta e o governo vai tentar votá-lo no mesmo dia.


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