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Juízes e procuradores pedem reforma agrária
DA REPORTAGEM LOCAL
Um grupo de 17 advogados, seis
juízes, nove procuradores e quatro promotores de Justiça enviou
à direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) um manifesto em
defesa da reforma agrária.
"A Constituição federal, no seu
artigo 184, impõe ao presidente da
República a obrigação de desapropriar as terras que não estiverem cumprindo sua função social.
Elas devem ser destinadas à reforma agrária", diz o manifesto.
O documento é assinado por
Fabio Konder Comparato, advogado e professor da Universidade
de São Paulo, Dyrceu Aguiar Dias
Cintra Júnior, membro da Associação Juízes para a Democracia,
Kenarik Boujukian Felippe, juíza
de Direito em São Paulo, Nilo Batista, professor da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Lavenére Machado, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), entre outros, como os advogados petistas Hélio
Bicudo, Plínio de Arruda Sampaio e Luiz Eduardo Greenhalgh.
No documento, é feita uma defesa jurídica das atividades do
MST. Os signatários citaram três
decisões do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Numa delas, no
julgamento de um habeas corpus
de um processo de São Paulo, o
tribunal decidiu que "a conduta
do agente do esbulho possessório
é substancialmente distinta da
conduta da pessoa com interesse
na reforma agrária". Em outra decisão, o STJ apontou que "movimento popular visando a implantar a reforma agrária não caracteriza crime contra o patrimônio.
Configura direito coletivo, expressão da cidadania, visando a
implantar programa constante da
Constituição da República".
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