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CONFLITO AGRÁRIO
Presidente da CUT diz que vai pedir a Lula que ajude Rainha
MST prepara nova ação no Pontal
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM
PRESIDENTE PRUDENTE
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) formou ontem mais um acampamento no Pontal do Paranapanema, foco do conflito agrário no
oeste do Estado de São Paulo.
Os sem-terra começaram a
construir barracos nas margens
da rodovia General Euclides Figueiredo, a 800 m de Teodoro
Sampaio (672 km de São Paulo).
O objetivo do movimento é reunir 120 famílias no local. No final
da tarde, segundo a Polícia Militar, cerca de 80 pessoas montavam os barracos.
Esse é o sexto acampamento
formado neste ano na região.
CUT e Rainha
O principal líder do movimento
no Pontal do Paranapanema, José
Rainha Jr., recebeu ontem a visita
do presidente nacional da CUT
(Central Única dos Trabalhadores), Luiz Marinho.
Rainha, junto com outro líder
sem-terra, Felinto Procópio dos
Santos, o Mineirinho, está preso
desde o dia 11 na penitenciária de
Presidente Venceslau. Os dois são
acusados de furto qualificado e
formação de quadrilha na invasão
na fazenda Santa Maria, em 2000.
Eles negam a acusação.
Depois de conversar com Rainha, o presidente da CUT disse
que pediria ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva que intercedesse na questão -o encontro estava previsto para o final da tarde,
em Brasília.
Para o sindicalista, a prisão de
Rainha e Mineirinho é "um verdadeiro absurdo".
Marinho criticou a decisão do
juiz Atis de Araújo Oliveira, da comarca de Teodoro Sampaio, que
decretou a prisão dos líderes.
"A prisão preventiva é para assegurar a segurança da sociedade.
Esses dois cidadãos não oferecem
risco", afirmou.
O juiz Oliveira não concede entrevistas.
(CRISTIANO MACHADO)
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