|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pressão dos EUA dificultou a regulamentação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pressão dos Estados Unidos -inclusive com ameaças
de corte de verbas a programas
assistenciais- foi um dos fatores que dificultaram a regulamentação da Lei do Abate.
Atualmente, porém, o ministro
José Viegas (Defesa) afirma ter
chegado a um acordo diplomático com a Casa Branca sem ceder às pressões de Washington.
Na prática, os norte-americanos pediam que a regulamentação ocorresse somente após o
Congresso daquele país conceder o chamado "waver" -licença extraordinária para que
norte-americanos que contribuíssem com a derrubada de
avião no Brasil não fossem responsabilizados.
A preocupação dos Estados
Unidos se justifica por um caso
ocorrido, em 2001, no Peru.
À época, os peruanos atiraram contra aeronave que transportava missionários de uma
igreja evangélica norte-americana, pensando se tratar de traficantes de drogas. Os norte-americanos, que davam apoio
às operações, tiveram de indenizar os familiares das vítimas.
Outra exigência dos EUA era
que o Brasil e os países da região fizessem leis uniformes.
Em maio, o governo norte-americano ameaçou até suspender "assistência relevante
ao Brasil se o programa [Lei do
Abate] fosse implementado
sem satisfazer as exigências legais norte-americanas".
A informação oficial foi do
Departamento de Estado norte-americano.
Texto Anterior: Lei do Abate só vai permitir ataques a aviões de tráfico Próximo Texto: Comunicação: Planalto abrirá licitação para pesquisa Índice
|