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Painel
Colaboração valiosa
Candidatos a governador de
PFL, PMDB e PPB, partidos que
querem apoiar FHC em 98, têm
pedido ao Planalto que não privilegie os concorrentes do PSDB
-inclusive deixando isso claro
para os financiadores de campanha. Temem ficar à míngua.
Aliança à vista
O senador Esperidião Amin
passou por São Paulo ontem à
noite. Para acertar com Maluf
detalhes do jantar de pepebistas
com FHC, hoje, em Brasília.
O retorno
FHC tem estimulado a volta de
Pimenta da Veiga à Câmara. Se o
PSDB fizer a maior bancada em
98, o tucano mineiro é o mais cotado para ser o candidato do Planalto à presidência da Casa.
Saindo fumaça
O secretário paulista do Meio
Ambiente, Fábio Feldmann, está
furioso com o colega da Agricultura, Francisco Graziano, que
autorizou fazendeiros a queimar
palha de cana-de-açúcar. Os dois
são candidatos a deputado.
Jogando na confusão
A desinformação tem ajudado
o lobby antiaborto. O projeto
que será votado amanhã na Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara simplesmente obriga
a rede pública a realizar aborto
nos casos já previstos em lei (estupro e risco à vida da gestante).
Não cola mais
O líder do PSDB na Câmara,
Aécio Neves (MG), tem dito a tucanos mineiros que o governo
federal se comprometeu a rever
nomeações feitas pelo PMDB no
DNER tão logo acabem as votações das emendas constitucionais. Poucos acreditaram.
Hora da vingança
Enquanto a oposição chama de
casuísmo a intenção do Planalto
de mudar o regimento da Câmara, governistas dizem que a atual
regra de destaques de votação
em separado foi criada em 1988
pelo "Centrão", então o grupo
parlamentar conservador.
Pai na retaguarda
ACM, que preside o Senado,
saiu em defesa da mudança do
regimento da Câmara, proposta
por Luís Eduardo Magalhães.
"O DVS (destaque de votação
em separado) é uma brutalidade", afirma o cacique.
Violência rural
Jacques Wagner (PT-BA) pediu ontem à Mesa da Câmara o
enquadramento do vice-presidente da UDR, Guilherme Prata,
por crime de incitação à formação de milícias e por "ameaças
ao Estado de Direito".
Moeda de troca
Vereadores vendem dificuldades para aprovar as contas do último ano (1996) da gestão Maluf
(PPB) na Prefeitura de São Paulo. Aproveitam o clima do
"frangogate" para tirar proveito
do ex-prefeito e de Pitta.
Truco mineiro
Caso se filie ao PMDB para disputar o governo de Minas, confiando no convite de Newton
Cardoso, Itamar Franco pode ficar sem legenda para concorrer.
Quem esteve recentemente com
Newtão diz que ele é o candidato.
Choro diplomático
Para o governo brasileiro, o
anúncio de que a Argentina será
aliada militar preferencial dos
EUA no continente esconde um
objetivo: intrigar os dois principais parceiros no Mercosul.
Saída de emergência
Se o PMDB de Ronaldo Cunha
Lima impedir a candidatura de
José Maranhão à reeleição, o governador da Paraíba já tem uma
solução. Deixa o partido, vai para o PSDB e se candidata.
Para as calendas
O governo decidiu adiar ao
máximo o julgamento, no STJ,
do processo em que o empreiteiro Murillo Mendes, da Mendes
Júnior, pede uma indenização de
R$ 4 bilhões da Chesf. A estratégia é recorrer até de espirro.
Visitas à Folha
O presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária), Milton Seligman, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do chefe de
Comunicação Social do órgão,
Marco Antônio Maurício.
O diretor-geral do Colégio
Santa Cruz, Luis Eduardo Magalhães, visitou ontem a Folha.
TIROTEIO
Do deputado estadual Paulo
Teixeira (PT), sobre Maluf, em
campanha para o governo paulista, ter dito que "direitos humanos não são para bandidos":
- Discordo totalmente. Bandidos também têm direitos humanos. Desde os de colarinho
branco até os ladrões de galinha.
CONTRAPONTO
Tudo tem limite
Quando visitou o ex-presidente Itamar Franco em Nova Iorque, em julho, o ex-governador
de Minas Gerais e prefeito de
Contagem (MG), Newton Cardoso, pediu que ele lhe explicasse suas funções no cargo de embaixador brasileiro junto à OEA
(Organização dos Estados Americanos).
Itamar fez um relato de seu trabalho, dando ênfase às discussões sobre as políticas governamentais para a região denominada Amazônia legal. Cardoso
ficou maravilhado.
De volta ao Brasil, repetia o
que ouviu para outros políticos e
em entrevistas a rádios locais:
- Recebi do Itamar uma lição
sobre a Amazônia legal e sobre
política internacional. O trabalho dele é muito sério. É coisa fina mesmo.
Após uma entrevista, um assessor perguntou qual a definição de Amazônia legal.
Ríspido, Newtão respondeu:
- Mas cê acha que eu entendi
alguma coisa, sô?!
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