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FORÇAS ARMADAS
Ministro acha remota chance de ida ao Pontal
Exército pode atuar
se preciso, diz Lucena
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O ministro do Exército, general
Zenildo Lucena, afirmou ontem
durante visita a Recife (PE) que a
instituição está preparada para
atuar na região do Pontal do Paranapanema (SP), se for requisitada.
"Estaremos prontos para agir
se o governo de São Paulo nos requisitar e o presidente Fernando
Henrique Cardoso determinar",
afirmou.
Lucena disse, no entanto, que
considera "remota" essa possibilidade, pois acredita que o governo paulista "encontrará uma
solução" para o impasse.
Negociação
O ministro reconheceu que o
problema já se estende por muito
tempo, mas afirmou que considera melhor uma "negociação
lenta" do que o "rápido emprego da força".
Lucena participou ontem com
o vice-presidente Marco Maciel
da solenidade de inauguração do
Centro Regional de Ciências Nucleares do Norte e Nordeste, em
Recife.
Na capital pernambucana, o
ministro visitou também a família de Walber Mendes de Andrade, soldado do Exército morto
com um tiro na cabeça durante a
greve dos policiais militares de
Pernambuco.
Andrade foi promovido a cabo
após sua morte.
O assassinato de Andrade foi
um dos episódios envolvendo
militares que participaram do
policiamento nos Estados no
mês passado.
O soldado foi baleado durante
durante um assalto a uma agência bancária em Recife.
A ajuda do Exército no policiamento foi pedida por governadores de Estados que enfrentavam greve da polícia, como Pernambuco, Alagoas e Ceará.
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