DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Itamar Franco (sem partido) sofreu um revés na sua avaliação como governador de Minas justamente ao selar a paz com Fernando Henrique Cardoso, em 9 de julho, após três anos de contundente oposição e aplausos do PT.
Segundo o Datafolha, o governador tem 35% de ótimo/bom, 40% de regular e 21% de ruim/ péssimo. A nota que os entrevistados deram para a sua gestão também caiu de 5,8 para 5,5.
Enquanto esteve às turras com FHC, Itamar nunca obteve índice de ótimo/bom inferior a 41% -percentual obtido na pesquisa de 4 e 5 de julho deste ano.
Foi no começo do racionamento de energia, em junho de 2001, que ele chegou à sua melhor avaliação. Com 49% de ótimo/bom, Itamar, naquele momento, levantava sua voz contra a falta de investimentos no setor elétrico nacional e relembrava sua luta contra as privatizações de hidrelétricas desde o ano anterior.
Também naquele período estava em campanha para ser indicado pelo PMDB candidato à Presidência, disputa que o levava a bater duro na política econômica de FHC e nos governistas do partido.
Em dezembro de 1999, quando estava por terminar a moratória da dívida mineira com a União, o Datafolha registrou 47% de avaliação positiva. Itamar é mais bem avaliado pelos jovens de 16 a 24 anos (39%), pelos eleitores com segundo grau (37%) e os com renda familiar de até R$ 1.000 (36%).
A pior avaliação é a feita pelos eleitores de 35 a 44 anos (25%), com nível superior (34%) e que recebem mais de R$ 2.000 (28%).
Itamar apóia agora o tucano Aécio Neves para a sua sucessão. Diz que apóia a pessoa, não o partido.
No plano federal, Itamar apóia Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e elogia Ciro Gomes (PPS), de quem se diz amigo. (PP)


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