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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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CONFLITO AGRÁRIO

Grupos de sem-terra rivais invadiram a mesma área, no RN

Contag acusa MST de destruir barracos

DA AGÊNCIA FOLHA

Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) são acusados de destruir na madrugada de ontem, em Mossoró (RN), cerca de 30 barracos de sem-terra ligados à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).
O confronto ocorreu na fazenda São João, que pertence à família do senador José Agripino Maia (PFL-RN).
A coordenação estadual do MST, dizendo não ter informações suficientes, não quis comentar os relatos feitos à reportagem pelas direções nacional e potiguar da Contag e também pela administração da fazenda.
A Contag é ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Em 30 de julho, alegando um "protesto político", o MST invadiu a fazenda da família do senador. Uma semana depois, agricultores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mossoró e à Fetarn (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte), braço da Contag, também invadiram a área (a 10 km de Mossoró, com cerca de 4.000 hectares).
Segundo a administração da fazenda, membros do MST destruíram os barracos na ausência dos agricultores da Contag. Não houve confronto. Ontem à tarde, os sem-terra começaram a reconstrução dos barracos.
"Foi mais uma ação violenta do MST. Acham que são os responsáveis diretos pela reforma agrária", disse Manoel Cândido, presidente da Fetarn.
Concorrentes históricos, MST e Contag também disputam 43 engenhos que integram a usina Catende (PE), falida em 1995. (EDUARDO SCOLESE)


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