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CONFLITO AGRÁRIO
Grupos de sem-terra rivais invadiram a mesma área, no RN
Contag acusa MST de destruir barracos
DA AGÊNCIA FOLHA
Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) são acusados de destruir na madrugada de ontem, em
Mossoró (RN), cerca de 30 barracos de sem-terra ligados à Contag
(Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).
O confronto ocorreu na fazenda
São João, que pertence à família
do senador José Agripino Maia
(PFL-RN).
A coordenação estadual do
MST, dizendo não ter informações suficientes, não quis comentar os relatos feitos à reportagem
pelas direções nacional e potiguar
da Contag e também pela administração da fazenda.
A Contag é ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Em 30 de julho, alegando um
"protesto político", o MST invadiu a fazenda da família do senador. Uma semana depois, agricultores ligados ao Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Mossoró
e à Fetarn (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio
Grande do Norte), braço da Contag, também invadiram a área (a
10 km de Mossoró, com cerca de
4.000 hectares).
Segundo a administração da fazenda, membros do MST destruíram os barracos na ausência dos
agricultores da Contag. Não houve confronto. Ontem à tarde, os
sem-terra começaram a reconstrução dos barracos.
"Foi mais uma ação violenta do
MST. Acham que são os responsáveis diretos pela reforma agrária", disse Manoel Cândido, presidente da Fetarn.
Concorrentes históricos, MST e
Contag também disputam 43 engenhos que integram a usina Catende (PE), falida em 1995.
(EDUARDO SCOLESE)
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