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CORREIOS
Marinho nega ter feito acusação contra Jefferson
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-chefe do Departamento de
Contratação e Administração de
Material dos Correios Maurício
Marinho negou ontem que, em
depoimento a procuradores, tenha mudado a versão inicial e
acusado o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de chefiar esquema de corrupção em estatais.
Marinho também pediu ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que assegure o sigilo da investigação.
Em documento entregue a Antonio Fernando, os advogados de
Marinho disseram que o cliente
"explicitou aos procuradores tudo o que falara à CPI dos Correios
e não acusou o deputado Roberto
Jefferson ou nenhum outro parlamentar de comandar esquema de
corrupção em órgãos federais".
Os advogados pediram a abertura de procedimento administrativo do Ministério Público Federal para apurar o responsável
pelo vazamento de supostas informações dadas por ele. Ao negá-las, disseram: "Seu depoimento [aos procuradores] foi sobre fatos concretos, facilmente comprováveis em investigação séria."
O requerimento ao procurador-geral foi motivado por reportagem do jornal "O Globo" de ontem, que afirmava que ele mudara
a sua versão para detalhar como
Jefferson arrecadava dinheiro de
estatais. Segundo a reportagem,
ele fez acordo de delação premiada para obter redução da pena.
No documento ao procurador-geral, os advogados de Marinho
disseram que ele fez outro tipo de
acordo, no qual não seria nem denunciado, já que a gravação que o
envolveria em suspeita de corrupção não teria validade legal.
Em maio, Marinho apareceu
em fitas cobrando propina de empresários. Nos diálogos, afirmava
que agia em nome do PTB, que o
indicara para o cargo nos Correios. Essa notícia e as declarações
posteriores de Jefferson sobre o
"mensalão" levaram à instalação
da CPI dos Correios. Nos depoimentos, ele sempre negou a existência de esquema de corrupção e
a participação de Jefferson nele.
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