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SÃO PAULO
Depois de quase uma semana de ataques e críticas mútuas na campanha na TV e no rádio Alckmin e pepebista dizem que irão retomar a apresentação de propostas de governo no horário eleitoral
Maluf e tucano prometem trégua na TV
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de quase uma semana
de críticas mútuas no horário eleitoral gratuito, os candidatos Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram retomar o
discurso da campanha propositiva e prometem, pelo menos por
enquanto, suspender os ataques.
""Tivemos apenas uma pequena
pausa na nossa linha. O Maluf estava merecendo isso porque era
desrespeitoso o que ele estava fazendo", afirmou o jornalista Luiz
Gonzales, responsável pelo marketing do candidato tucano, referindo-se aos ataques do pepebista
à reforma do Código Penal proposta pelos tucanos em Brasília.
Durante o último final de semana, o PSDB, que tem como slogan
""campanha limpa", veiculou três
inserções com ataques a Maluf.
Em um deles, a voz do ex-prefeito reproduz o famoso ""estupra,
mas não mata". Em outros dois, o
candidato do PPB é associado à
máfia dos fiscais e ao prefeito Celso Pitta, seu ex-afilhado político.
Por decisão judicial, segundo
Gonzales, dois dos comerciais foram retirados do ar. ""Iríamos
mantê-los só até ontem mesmo.
Queríamos mostrar um retrato da
alma do Maluf."
O publicitário Nelson Biondi,
encarregado da propaganda pepebista, afirma que as críticas feitas ao tucano já atingiram o objetivo pretendido: fazê-lo cair nas
pesquisas de intenção de voto.
Pesquisa Datafolha divulgada
anteontem indica que Alckmin
acumulou perda de cinco pontos
percentuais em 15 dias, tendo
agora 11% da preferência dos entrevistados. Maluf tem 14%.
""Quebramos a imunidade da
imagem dele, dizendo que Alckmin era vice do Covas e isso foi
mortal. Agora, com o programa
de governo, faremos um contraponto à agressão", explica.
Segundo Biondi, suas pesquisas
indicam que os ataques do tucano
não prejudicaram o desempenho
de seu candidato. ""Posso mudar
de estratégia se isso mudar."
Desde a subida de Alckmin nas
pesquisas, o PPB vem utilizando a
reforma do Código Penal para
acusar o tucano de promover a libertação de criminosos conhecidos, como o Maníaco do Parque.
Até estarem em situação de empate técnico, disputando, ao que
tudo indica, uma vaga no segundo turno com Marta Suplicy (PT),
os dois candidatos prometiam
manter a disputa em ""alto nível".
(PATRICIA ZORZAN)
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