São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 2002

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Uso de algemas provocou críticas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A prisão do ex-senador Jader Barbalho em 16 fevereiro passado gerou polêmica em razão de ter sido algemado por agentes da Polícia Federal durante o vôo que o levou de Belém a Palmas (TO).
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello, e o presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, Fernando Tourinho Neto, criticaram o uso das algemas.
Na ocasião, Marco Aurélio chamou de "presepada" o ato de algemar Jader, que conseguiu um habeas corpus no mesmo dia.
Além do ex-senador, outros cinco foram presos. Todos conseguiram suspender a prisão preventiva, ordenada pelo juiz da 2ª Vara da Justiça Federal do Tocantins, Alderico Rocha Santos.
Tourinho Neto, que concedeu as liminares suspendendo as prisões, afirmou que a exposição da imagem de Jader algemado pode representar "abuso de autoridade" e que a medida só se justificaria se o ex-senador houvesse oferecido resistência a prisão ou fosse considerado agressivo. Após passar sete horas preso na sede da PF em Palmas, Jader declarou ter sido vítima de violência política.
O ex-senador foi preso junto com o ex-superintendente da Sudam José Arthur Guedes Tourinho e Maria Auxiliadora Barra Martins, contadora do ranário da mulher de Jader. Os outros três presos -os empresários Laudelino Délio Fernandes, José Soares Sobrinho, acusados de serem donos de projetos fraudados, e Regivaldo Pereira Galvão, acusado de emprestar dinheiro a juros exorbitantes- conseguiram habeas corpus um dia depois de Jader.


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