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Murad nega ter
envolvimento
no caso Usimar
RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O marido da ex-governadora
do Maranhão Roseana Sarney
(PFL), Jorge Murad, afirmou
ontem em depoimento à Justiça Federal que somente pela
imprensa tomou conhecimento das irregularidades na Usimar, projeto que causou um
rombo de R$ 44,2 milhões nos
cofres da extinta Sudam.
Murad rebateu a acusação do
Ministério Público de que teria
trabalhado pela aprovação do
projeto depois de ter sido alertado sobre as irregularidades.
A aprovação ocorreu em
1999, durante o segundo mandato de Roseana, sendo que
Murad era seu principal gerente (secretário) de governo.
"Quero ressaltar que sou inocente de todas as acusações que
me foram imputadas", disse ao
juiz Ricardo Macieira, que
cumpria carta precatória (documento em que um juiz solicita a outro realização de diligência) expedida pela Justiça do
Tocantins, onde corre o processo criminal da Usimar.
Roseana também foi denunciada, mas a Justiça não aceitou
a acusação. Murad disse ainda
durante o depoimento que despachava assuntos do governo
em seu escritório particular.
O representante do Ministério Público que acompanhou
os depoimentos, Marcos Túlio
Caminha, disse ter detectado
contradições nas afirmações de
Jorge Murad, mas não quis detalhar quais.
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