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OUTRO LADO
"Fui ingênuo", diz autor de comunicado
DO "AGORA"
Marcelo Albuquerque de
Miranda, 59, pediu demissão ontem, em conversa
com o secretário de Estado
da Educação, Gabriel Chalita. "Fiz um convite singelo,
sem nenhuma promessa.
Não sabia que iria ter repercussão tão grande. Virou
uma bola de neve", disse o
dirigente de ensino.
A coordenação da campanha disse que Geraldo Alckmin (PSDB) "não tem qualquer ligação com o episódio". O ato com os professores, no sábado, foi cancelado
ontem à noite "para evitar
qualquer especulação sobre
o uso da máquina".
A exoneração de Miranda
deve ser publicada hoje no
"Diário Oficial". Segundo
ele, a decisão de elaborar comunicado convidando os
professores surgiu em uma
reunião com simpatizantes
do governador e candidato à
reeleição Geraldo Alckmim.
"Foi resolvido em conjunto. Eles disseram: faz um comunicado e convida todo
mundo. E eu, ingenuamente, fiz. Sinceramente, fui ingênuo", afirmou ele.
Segundo a secretaria, mesmo se não pedisse demissão,
Miranda deixaria o cargo.
Por meio de sua assessoria,
informou que posturas como a do dirigente de ensino
"não são aceitas".
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