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São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2003

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REFAVELA

Ministro afirma ainda que projetos emperram por "problemas de ajuste"

Superávit atrapalha social, diz Gil

DE NOVA YORK

A obrigatoriedade da manutenção de um alto superávit primário e a disciplina fiscal recomendada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) são os principais obstáculos para avanços na agenda social do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A avaliação foi feita ontem pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, durante entrevista na sede da ONU (Organização Nações Unidas), em Nova York.
"Todos no governo estão empenhados em desenvolver programas sociais, mas ainda temos que produzir superávit, temos obrigações com o FMI e, naturalmente, vamos honrar esses compromissos", declarou.
O ministro também citou "problemas de ajustes e adaptação" na equipe do governo como um fator que contribuiu para emperrar os avanços sociais. "Coisa de começo de governo. Sinto-me muito confortável como ministro. A única dificuldade de ser ministro e cantor é conciliar a minha agenda de shows. Mas avisei ao Lula que a minha carreira artística é uma atividade secundária", disse.
Gilberto Gil fez um balanço do Fome Zero: "O governo lançou uma ousada agenda social num nível experimental que agora está se consolidando. O Fome Zero é a espinha dorsal."
Na área cultural, o ministro declarou otimismo. "A cultura está menos pobre." Gil afirmou que a participação da sua pasta no Orçamento passou de 0,3% para 0,45%. A proposta do ministro é que ela atinja 1% até o último ano do mandato de Lula.
Gil faz um show hoje à noite no salão da Assembléia Geral em homenagem às vítimas do atentado contra a ONU ocorrido há um mês em Bagdá, entre elas o representante da entidade no país, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. (CÍNTIA CARDOSO)


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