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REFAVELA
Ministro afirma ainda que projetos emperram por "problemas de ajuste"
Superávit atrapalha social, diz Gil
DE NOVA YORK
A obrigatoriedade da manutenção de um alto superávit primário e a disciplina fiscal recomendada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) são os
principais obstáculos para
avanços na agenda social do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
A avaliação foi feita ontem pelo ministro da Cultura, Gilberto
Gil, durante entrevista na sede
da ONU (Organização Nações
Unidas), em Nova York.
"Todos no governo estão empenhados em desenvolver programas sociais, mas ainda temos que produzir superávit, temos obrigações com o FMI e,
naturalmente, vamos honrar esses compromissos", declarou.
O ministro também citou
"problemas de ajustes e adaptação" na equipe do governo como um fator que contribuiu para emperrar os avanços sociais.
"Coisa de começo de governo.
Sinto-me muito confortável como ministro. A única dificuldade de ser ministro e cantor é
conciliar a minha agenda de
shows. Mas avisei ao Lula que a
minha carreira artística é uma
atividade secundária", disse.
Gilberto Gil fez um balanço do
Fome Zero: "O governo lançou
uma ousada agenda social num
nível experimental que agora
está se consolidando. O Fome
Zero é a espinha dorsal."
Na área cultural, o ministro
declarou otimismo. "A cultura
está menos pobre." Gil afirmou
que a participação da sua pasta
no Orçamento passou de 0,3%
para 0,45%. A proposta do ministro é que ela atinja 1% até o
último ano do mandato de Lula.
Gil faz um show hoje à noite
no salão da Assembléia Geral
em homenagem às vítimas do
atentado contra a ONU ocorrido há um mês em Bagdá, entre
elas o representante da entidade
no país, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
(CÍNTIA CARDOSO)
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