DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, EM SP
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA

A direção do PT considerou um sucesso o PED (Processo de Eleição Direta), apesar das inúmeras irregularidades verificadas. De acordo com a coordenação do processo, aqueles que se sentirem prejudicados por eventuais fraudes poderão recorrer até sexta.
"Os problemas nem de longe vão atrapalhar o processo ou atingir sua lisura. A eleição foi tranqüila, pacífica", disse Francisco Campos, coordenador-geral da eleição e secretário de Mobilização do partido. Ele considerou "natural" em um processo realizado em mais de 80% dos municípios a existência de denúncias, que caracterizou como pontuais.
Segundo o coordenador, o quórum mínimo para validar a eleição foi atingido, embora ele não tenha dado números que comprovassem isso. "Essa eleição foi um sucesso. O comparecimento foi massivo, mesmo sendo uma votação atípica, realizada no meio de uma crise, talvez a maior da história do partido", declarou.
Nenhuma acusação formal de fraude havia chegado à direção nacional do PT até o início da noite de ontem: "Temos um regulamento muito claro quanto a recursos. Quem se sentir prejudicado poderá recorrer às instâncias do partido. Mas isso não chegou até a Executiva Nacional".
O coordenador do PED evitou criticar a ausência do presidente no pleito, mas não escondeu uma certa frustração: "O presidente Lula é o nosso filiado mais ilustre. Seria um orgulho a sua participação, mas respeitamos a decisão pessoal dele. Eu compreendo".
O presidente interino do PT, Tarso Genro, disse que não tinha conhecimento das denúncias de irregularidades nas eleições internas do partido, como o transporte de filiados aos locais de votação. ""Não tenho nenhuma informação quanto a isso. Se houve alguma acusação desse tipo, deve constar em ata para depois examinarmos", disse ele à Folha.


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