São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2005

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Alas de oposição querem aliança para o 2º turno

FÁBIO ZANINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, EM SP

CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

As urnas ainda estavam sendo fechadas, a totalização de votos nem começara, mas os candidatos de oposição ao Campo Majoritário, grupo que controla a legenda, já buscavam uma aliança para um eventual segundo turno.
As condicionantes, porém, começaram a aparecer no discurso dos candidatos. A deputada Maria do Rosário (RS), do Movimento PT, disse ser a favor da união. Alertou porém que se Plínio de Arruda Sampaio, candidato da Ação Popular Socialista, for o representante da esquerda petista, só o apoiará se ele "não fizer oposição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
Sampaio, por sua vez, não escondia a indignação com as irregularidades na disputa. "Constatamos indícios claros de curral eleitoral na zona sul de São Paulo e vamos denunciar", disse. "Se for constatada fraude que tenha interferido no resultado, vamos questionar a eleição".
Candidato da Articulação de Esquerda, Valter Pomar é mais firme ao falar da união: "Seremos todos contra o Campo Majoritário, com certeza. Meu apoio a qualquer companheiro de oposição à atual direção, caso eu não vá ao segundo turno, será automático. E espero que o mesmo ocorra em meu favor", disse. A coalizão, se confirmada, vai juntar plataformas políticas que nada têm entre si, a não ser a repulsa à atual direção do PT.
Os outros aliados seriam Raul Pont e Markus Sokol, que impõe condições. "Para compor é preciso retomar o manifesto de fundação do PT e discutir as posições em relação às políticas de aliança e de economia", disse.


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