São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2004 |
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PAINEL Tá frio 1 Tucanos se dão por satisfeitos com o resultado de suas pesquisas qualitativas, segundo as quais teve impacto zero, até ontem, a tentativa petista de minar a liderança de José Serra na disputa paulistana por meio de ataques a seu vice, Gilberto Kassab. Tá frio 2 Nos grupos, três argumentos surgem no discurso que minimiza a relevância do fator Kassab, ex-secretário de Pitta: a) vice não é prefeito; b) secretário não é Pitta; c) se Marta Suplicy mira o vice, é porque não tem como atingir o próprio Serra. Uma nota só Na avaliação tucana, a caça ao Kassab só poderá surtir algum efeito pró-Marta se a tecla for martelada exaustivamente, a ponto de não sobrar tempo para a campanha petista falar de mais nada daqui até o dia da votação. Olho por olho Se a campanha da Marta decidir elevar ainda mais o tom, com acusações morais ou de improbidade contra Serra, seus familiares ou o vice, o troco já está pronto: virá chumbo grosso na mesma moeda, com ênfase nas finanças pessoais da prefeita. Tela quente Fechou o tempo ao final da entrevista de Serra no SPTV. O tucano disse à direção local do jornalismo da Globo que os jornalistas pegaram leve com Marta sexta e pesado com ele ontem. Tenho dito 1 De Duda Mendonça sobre Celso Pitta, que acusou seu ex-marqueteiro, ora com Marta, de "não guardar fidelidade a ninguém": "Fidelidade se tem a amigos e a pessoas que admiramos. O Pitta nunca se encaixou em nenhum dos dois casos". Tenho dito 2 Ainda Duda, que segundo Pitta "olha apenas a questão financeira": "Tudo o que ganhei na vida foi fruto do meu trabalho e do meu sucesso profissional". Tô fora O marqueteiro Chico Santa Rita, que ensaiava retorno à campanha do tucano Celso Giglio em Osasco após rompimento no primeiro turno -foi contra a tentativa de impugnar o petista Emídio de Souza-, desistiu de vez da empreitada. De novo, por discordar da estratégia. Na mira Com a benção do Planalto, a direção nacional do PTB trabalha para convencer o presidente da Infraero, Carlos Wilson, a ingressar no partido. Atualmente filiado ao PT, o ex-senador por Pernambuco já teve uma encarnação petebista e outra tucana. Fator preguiça A exemplo de Marta Suplicy em São Paulo, o PT de Porto Alegre espera contar com o feriadão de Finados para tirar votos do líder José Fogaça (PPS). A seu dispor Depois de deixar Luizianne Lins a pão e água no primeiro turno, o PT diz agora que sua candidata em Fortaleza terá o que quiser do Diretório Nacional. Basta pedir. Escolherá até os ministros para seu palanque. Disciplina germânica Jorge Bornhausen já decidiu ir a Salvador. Aguarda apenas o restabelecimento de ACM para marcar data. A despeito de seu contencioso com o baiano, acha que, como presidente do PFL, tem o dever de apoiar a candidatura do partido na cidade. Os 12 trabalhos Além do almoço hoje com os líderes da base aliada, o presidente João Paulo Cunha agendou conversa com a oposição para amanhã, na árdua tarefa de fazer a Câmara votar. O taxímetro das medidas provisórias, atualmente marcando 19, chegará a 32 em 1º de novembro. TIROTEIO Do vice-líder do governo Beto Albuquerque (PSB-RS), derrotado no primeiro turno na capital gaúcha, sobre o candidato do PT, Raul Pont, que atribuiu a corrosão de sua liderança nas pesquisas à suposta decepção do eleitor com o governo Lula: -Faltou humildade e unidade ao PT em Porto Alegre. Agora, com a água batendo no nariz, há algumas mudanças em curso na campanha. Eleição difícil. CONTRAPONTO Escorregão No debate de quinta-feira passada entre José Serra e Marta Suplicy na Rede Bandeirantes, o
secretário estadual da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho,
falava ao telefone celular: |
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