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Cúpula do PFL vem a SP para apoiar Serra
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), e membros da cúpula nacional do partido desembarcam hoje em São
Paulo para declarar oficialmente
o apoio ao candidato do PSDB à
prefeitura paulistana, José Serra.
A vinda dos pefelistas a São
Paulo tem como objetivo demonstrar a consolidação da aliança entre duas legendas em uma
frente de oposição nacional ao
PT. Além de Maia, estarão presentes o presidente nacional do
PFL, Jorge Bornhausen, os senadores Marco Maciel (PFL-PE) e
José Agripino (PFL-RN), líder no
Senado, e o deputado federal José
Carlos Aleluia (PFL-BA), líder na
Câmara dos Deputados.
"Estamos percorrendo todas as
cidades onde estamos na disputa.
Mas é claro que São Paulo tem importância especial nesse cenário.
A composição de forças entre Rio
e São Paulo tem importância fundamental para o país", disse Bornhausen. Para ele, a oposição "será a maior vitoriosa" na eleição.
Votos
Serra declarou que a presença
dos aliados tem importância política, mas não agrega votos: "É
mais [uma questão] política do
que propriamente eleitoral".
O prefeito do Rio, Cesar Maia,
também defendeu a proximidade
entre o PSDB e o PFL como forma
de fortalecimento de uma frente
de oposição para 2006.
Os partidos, que andaram juntos nos últimos anos, ficaram
rompidos por um curto período
por conta de divergências em relação à candidatura presidencial
do próprio Serra, em 2002.
Nas eleições de 2004, no entanto, a antiga coalizão foi retomada.
Enquanto em São Paulo, por
exemplo, o PSDB encabeçou a
chapa, com um vice do PFL, no
Rio ocorreu a situação inversa.
Apesar da demonstração de forças, o PSDB teme que essas visitas
sirvam de munição para o PT acusar os tucanos de tentarem federalizar a campanha municipal.
Nos últimos dias, Serra recebeu a
visita do senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) e do deputado federal
Jutahy Junior (PSDB-BA).
"Se há alguém que quer federalizar [a campanha] é o PT. Se há
alguém que não quer federalizar é
o PSDB", afirmou o candidato.
Segundo a cúpula tucana, foram
os membros do PFL que propuseram a visita. "Também estivemos
em São Paulo no primeiro turno.
Só o Cesar Maia que não, pois estava em campanha", explicou o
senador Bornhausen.
No dia 26 de julho, Bornhausen
participou de uma caminhada
com Serra pelo comércio da Mooca, aproveitando a visita para manifestar sua solidariedade ao tucano. Na época, ele não quis comentar suas divergências com o tucano na campanha presidencial de
2002, que levaram ao rompimento da aliança entre os dois partidos. Além de Bornhausen, participaram daquela manifestação os
senadores pefelistas Marco Maciel (PE) e Romeu Tuma (SP), o líder do partido na Câmara, José
Carlos Aleluia (BA), e o vice-governador Cláudio Lembo.
Ontem, políticos dos dois partidos também negaram qualquer
relação entre a visita e os ataques
dirigidos ao vice de Serra, Gilberto Kassab (PFL), nos últimos dias.
O PT vincula o vice ao ex-prefeito
Celso Pitta, de quem ele foi secretário de Planejamento.
"O Kassab participou do governo [do ex-prefeito Celso] Pitta]
por uma questão de aliança. Mas
o PT é que tem que explicar porque foi buscar por conta o apoio
do Maluf", disse Bornhausen.
Correndo atrás
O candidato José Serra esteve
ontem pela segunda vez em menos de uma semana em campanha corpo-a-corpo na região de
São Mateus (zona leste), onde ele
teve quase a metade da votação
obtida pela prefeita Marta Suplicy
(PT). Além de atacar a gestão petista na saúde, Serra disse que terá
atenção para todas as áreas da cidade, sem discriminação.
(RICARDO BRANDT e CATIA SEABRA)
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