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PRESIDÊNCIA
Alckmin vai usar TV para falar sobre privatização
Programa poderá trazer ainda contradições do petista
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dezenove pontos atrás do
petista Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin,
lembrou ontem seu desempenho na reta final do primeiro
turno para debelar o clima de
desânimo entre aliados e potenciais doadores.
Apesar do esforço para exibir
otimismo, Alckmin também
analisou as causas e cobrou dos
tucanos maior veemência para
reversão dos números do Datafolha.
O programa de TV poderá expor contradições de Lula. Segundo o presidente do PPS, Roberto Freire (PE), estão reservadas imagens em que Lula,
com a mesma roupa, critica a
transposição do São Francisco
em Sergipe e a defende no Rio
Grande do Norte. As cenas já
foram submetidas ao advogado
da campanha.
Alckmin lamenta que os tucanos não tenham sido suficientemente convincentes para evitar a associação de seu nome à privatização. E chegou a
afirmar que o partido e a coordenação de comunicação da
campanha têm obrigação de
responder ao PT.
Horário eleitoral
Segundo o coordenador-geral da campanha, Sérgio Guerra
(PE), Alckmin usará o horário
eleitoral para descartar a hipótese de privatização no seu governo. "Há ainda dez dias de
propaganda para desfazer esse
boato. Até lá, eles vão ter que
explicar muita coisa", disse.
Alckmin também atribuiu o
resultado a uma paralisia dos
aliados nos dez primeiros dias
do segundo turno. "Houve um
hiato", alegou Freire.
Ontem, tucanos repetiam
que o Datafolha retratou um
cenário superado e que a tendência é de redução da vantagem de Lula.
Mas reconheciam seu impacto, tanto que tiveram que tranqüilizar aliados: "É natural o
comentário: "Como é que é?"
Mas não é só de doador. É de todo mundo", disse o tesoureiro
Paulo Bressan.
O coordenador do programa,
João Carlos Meirelles, admitiu:
"Em termos de conforto psicológico, seria muito bom que estivéssemos à frente. Mas, de repente, afrouxaríamos".
Meirelles também reconhece
ser natural que eleitores façam
a aposta em quem está à frente.
"Só nós, corintianos e flamenguistas, que temos a crença em
Deus que é maior. Não precisamos ganhar, podemos perder.
Sempre acreditamos que o time é o maior", comparou.
Ontem, o coordenador da
campanha tucana em São Paulo, José Henrique Lôbo, já condenou que se busque bode expiatório no PSDB.
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