|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Na TV, Lula nega "compra" de apoio de Blairo Maggi
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Em entrevista ao "Jornal da
Record", ontem, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva comentou pela primeira vez a liberação de recursos ao governador reeleito do Mato Grosso,
Blairo Maggi (PPS), e negou
que tenha relação com o apoio
de Blairo no segundo turno.
"Não existe a possibilidade
(...) de liberar R$ 1 bilhão por
(...) um apoio. Estamos discutindo com vários Estados e com
vários setores que tipo de política o governo pode adotar para
a correção dos prejuízos que os
agricultores brasileiros tiveram", afirmou.
Criticado por não ter gerado
10 milhões de empregos, promessa que nega ter feito, o presidente não fez previsões para o
eventual segundo mandato.
Lula disse que só pode prometer crescimento. "Não tem uma
meta a perseguir [de criação de
empregos]. O que tem é um
compromisso de fazer a economia brasileira crescer."
Ele afirmou que, na campanha de 2002, disse que o Brasil
precisaria criar 10 milhões de
empregos, mas que nunca chegou a prometê-los. O petista ficou irritado quando a entrevistadora Adriana Araújo disse
que os empregos criados eram
menos da metade da meta.
"Não fala isso", afirmou. Em seguida, disse que o Brasil criou
7,6 milhões de empregos em
seu governo, dos quais "5 milhões e pouco" com registro.
Debate
O candidato à reeleição disse
que seu adversário, Geraldo
Alckmin (PSDB), saiu perdendo com o que chamou de agressividade no confronto na TV
Bandeirantes, no início do segundo turno. "Depois do debate eu só cresci, e ele só caiu."
Questionado se é a favor de
greves em locais essenciais à
população, como hospitais, Lula se estendeu. "Eu, como dirigente sindical, acho que as greves têm que ser feitas de forma
diferente. O trabalhador que
trabalha no Metrô, não precisa
parar. Ele pode abrir a catraca
para o povo andar de graça."
Sobre as invasões de propriedades, o presidente, que é
apoiado pelo MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra), não deu resposta direta.
"Enquanto não resolvermos
(...) a reforma agrária no Brasil,
nós não vamos controlar a
questão da invasão. Eu poderia
dizer que sou contra, mas elas
acontecem. Quando elas acontecem, você tem que tratar delas como elas são".
O presidente também disse
que só a Itália, na operação
Mãos Limpas, combateu mais o
crime organizado do que ele.
Texto Anterior: Encontro de apoio a Lula reúne artistas e intelectuais no Rio Próximo Texto: Evento: Folha promoverá debate entre coordenadores do PT e do PSDB Índice
|