DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O chefe da assessoria de comunicação social do Ministério da Saúde, João Roberto Vieira da Costa, disse que o ministro José Serra sempre pediu ao Congresso R$ 20 milhões para gastos com "comunicação de governo" e que, ano após ano, os congressistas reduziram a dotação para algo em torno de R$ 15 milhões. Segundo ele, "nos últimos cinco anos a proposta tem sido a mesma".
Em correspondência enviada à Folha em fevereiro, o chefe da assessoria considerou que os custos das campanhas justificam aumentos orçamentários. "O custo por minuto do anúncio de uma campanha de vacinação no horário nobre da TV aumentou cerca de 46% entre 1997 e o início de 2001. Somente desde 1999 esse aumento foi de 22%", disse Vieira da Costa naquela ocasião.
Procurado pela Folha para tratar do aumento de recursos publicitários para toda a Esplanada, o secretário de Comunicação do Governo, Andrea Matarazzo, não respondeu aos recados deixados.
O chefe da assessoria de comunicação da Anatel, Pedro Paulo Cunha, disse que a agência terá uma agenda pesada em 2002, com várias demandas nas áreas de publicidade institucional e legal.
"Não há objetivo eleitoral. Nossa intenção é mostrar ao cidadão quais são seus direitos", justificou o funcionário da Anatel, responsável pelo maior pedido de novos recursos (a rubrica passaria de R$ 20 milhões para R$ 40 milhões).
Na Previdência, a assessoria justificou o aumento com a alegação de que "há projetos que estão precisando de um reforço de comunicação". Entre eles, o crédito em conta corrente para pagamento de pensões e aposentadorias e a guia eletrônica do recolhimento da contribuição previdenciária.


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