|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Líderes do PMDB criticam setor
pró-convenção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros (AL), criticou
ontem a iniciativa de uma ala do
partido que pretende convocar
uma convenção nacional, à revelia da Comissão Executiva Nacional, para definir a posição do partido em relação ao governo Lula.
Para Renan, a convenção não
tem sentido prático, já que a Executiva decidiu apoiar a governabilidade do governo Lula. Segundo
ele, a ação do grupo -que tem o
senador José Sarney (PMDB-AP)
como integrante- é "antidemocrática", se tiver por objetivo destituir a Executiva, que tem mandato até setembro de 2003.
O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP),
também articula apoios para brecar a iniciativa de convocar uma
convenção nacional. Ontem, ele
foi a Santa Catarina encontrar-se
com o governador eleito, Luiz
Henrique da Silveira.
Temer está programando um
almoço em Brasília (entre quarta
e quinta-feira) onde espera reunir
a cúpula do partido. O objetivo é
mostrar unidade em torno do seu
nome como o interlocutor oficial
do PMDB com o governo eleito.
A questão agora é saber quantos
dos cinco governadores eleitos do
partido participarão do evento.
Pelos cálculos do grupo do presidente do partido, já há quatro
governadores "fechados" contra a
idéia da convocação. São eles: Joaquim Roriz (DF), Jarbas Vasconcelos (PE), Luiz Henrique (SC) e
Germano Rigotto (RS).
O ex-presidente do PMDB Paes
de Andrade (CE), que sempre se
opôs à atual cúpula partidária, negou que o objetivo da convenção
seja destituir a Executiva.
Os cálculos dele são outros. Ele
diz que Rigotto e Luiz Henrique
concordam com a convocação.
Segundo ele, mais de nove presidentes dos 27 diretórios estaduais já assinaram o edital convocando a convenção, o que é suficiente. A convenção seria realizada no primeiro ou no segundo
domingo de dezembro.
Texto Anterior: Emissário vem preparar encontro Lula-Bush Próximo Texto: Fórum Social Mundial deve ter menos recursos Índice
|