São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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Município com 18 mil pessoas ocupa 7º lugar em verbas destinadas

Comandada pelo PP, Nova Xavantina é alvo de R$ 43 mi das emendas empenhadas, mas nada foi liberado até agora

Valor dedicado para cidade de MT supera o destinado a 21 capitais; prefeito diz que é "atuante" e afirma que boa relação com bancada conta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nova Xavantina (MT) e Laranjal do Jari (AP), municípios com 18 mil e 37 mil habitantes, respectivamente, e comandados pelo PP, estão entre as 22 cidades que mais receberam destinação de recursos do governo federal neste ano.
Os outros 20 municípios têm cada um, ao menos, 250 mil habitantes e estão posicionados entre os 100 maiores do país.
As emendas empenhadas (comprometidas no Orçamento) em 2007 para Nova Xavantina alcançam R$ 43.243.892, classificando o município em sétimo na lista dos que mais receberam destinação -apesar de nenhum centavo ter sido liberado até agora.
O valor supera o que foi destinado a 21 capitais, só ficando atrás de Rio, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza -Brasília, por não ter prefeitura, não foi listada.
Tamanha atenção para uma cidade tão pequena pode ser explicada por um esforço político, segundo o prefeito Robson Aparecido Pazetto (PP).
"Um dos itens pode ser o bom relacionamento com a bancada federal, sou um prefeito atuante. Já ganhei prêmio de prefeito empreendedor pelo Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]. Não digo que outros colegas não fazem a parte deles, mas eu faço, peço e corro atrás." O dinheiro, diz Pazetto, será empregado em obras de uma rodovia e na duplicação de uma passagem urbana.
Motivos mais drásticos teriam levado à destinação de R$ 22.557.900 para Laranjal do Jari (AP). No ano passado, a cidade sofreu uma enchente que desabrigou 30% da população e um incêndio que destruiu 215 edificações, segundo a prefeita, Euricélia Melo Cardoso (PP). Um ano depois da situação de emergência, ela reclama da demora na entrega da verba.
"O recurso foi liberado, mas o município não está utilizando, por causa da burocracia. Estamos na iminência de iniciar o projeto de habitação, em 90 dias." A prefeita disse crer que a liberação das emendas em ano pré-eleitoral ajuda na reeleição. Apesar de pessoas ligadas à prefeita apontarem sua candidatura à reeleição, ela nega.
"Não sou pré-candidata, embora as condições estejam favoráveis. Talvez eu seja um caso singular, uma prefeitura adimplente e com obras, mas que não quer se reeleger." (JN E RB)


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