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Governo eleva
compensação
DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília
A previsão de queda de 1% no
crescimento da economia nacional
em 99 levou o governo a aumentar
em R$ 1,3 bilhão os recursos disponíveis para o ressarcimento das
perdas dos Estados na arrecadação
do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O novo projeto de Orçamento da
União para 99 prevê que o limite de
ressarcimento para os Estados será
de R$ 2,9 bilhões. No projeto anterior, apresentado em agosto ao
Congresso Nacional, os recursos
disponíveis somariam R$ 1,6 bilhão. No Orçamento deste ano, a
previsão foi de R$ 2,1 bilhões.
O mecanismo de ressarcimento,
chamado de seguro-receita, foi
criado para compensar os Estados
pelas perdas de arrecadação provocadas com a isenção do ICMS
sobre produtos básicos e semimanufaturados destinados à exportação e sobre as compras de máquinas e equipamentos.
Esse incentivo foi introduzido
pela Lei Kandir, de setembro de 96.
O objetivo era estimular embarques ao exterior e melhorar o desempenho da balança comercial.
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Martus Tavares, explicou por escrito à Folha
que a diferença entre os recursos
previstos no Orçamento de agosto
e no de novembro se deve basicamente à mudança do cenário econômico para 99. "A queda no crescimento (da economia) obriga o
governo federal a pagar mais seguro-receita para os Estados."
Em agosto, quando foi encaminhada a primeira versão do Orçamento para 99, os cálculos levavam
em conta o crescimento de 4% do
PIB (Produto Interno Bruto, soma
das riquezas produzidas no país).
No novo projeto, elaborado às
pressas após o acirramento da crise russa e da fuga de capitais do
Brasil, a estimava apontou queda
do PIB de 1%.
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