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MEMÓRIA
General Aurélio de Lyra Tavares integrou junta militar
Morre aos 93 ex-ministro de Costa e Silva e membro da ABL
da Sucursal do Rio
Morreu ontem, aos 93 anos, o general Aurélio de Lyra Tavares, ex-ministro do Exército do governo
Costa e Silva e membro da ABL
(Academia Brasileira de Letras).
Ele morreu de insuficiência respiratória, às 3h45, na casa onde morava com a mulher e as filhas, em
Copacabana (zona sul do Rio).
Lyra Tavares foi um dos membros da junta militar que governou
o país durante dois meses depois
de Costa e Silva (1967-69) deixar a
Presidência, por causa de problemas de saúde. Na ocasião, o vice-presidente Pedro Aleixo foi impedido de assumir a presidência.
O general ocupava a cadeira número 20 da ABL. Foi empossado
em 23 de abril de 1970, no auge do
regime militar (1964-85).
A experiência nas Forças Armadas serviu de inspiração para sua
bibliografia -em geral ensaios
que falam sobre estratégias militares e missões do Exército das quais
participou. Sua obra reúne, entre
outros, os livros "Segurança Nacional - Antagonismos e Vulnerabilidades" (1958), "A Amazônia de
Júlio Verne" (1973) e "O Brasil de
Minha Geração" (1976).
O general, nascido em João Pessoa, também foi embaixador do
Brasil na França, de junho de 1970
até dezembro de 1974. Além disso,
era sócio benemérito do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro e
do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.
Lyra Tavares era ex-fumante e já
tinha sido internado na clínica São
Vicente, na Gávea (zona sul), em
setembro, com enfisema pulmonar. O corpo foi velado no Salão
dos Poetas da ABL, no centro do
Rio, e enterrado à tarde no mausoléu da academia, no cemitério São
João Batista.
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