São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 2002 |
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PAINEL Efeito cascata A equipe de transição de Lula já discute a possibilidade de estender aos futuros ministros o aumento salarial dado ontem aos deputados pela Câmara. Os vencimentos passariam de R$ 8.500 para R$ 12,7 mil. Pesos e medidas Os petistas consideram baixos os salários dos ministros, mas estão preocupados com o desgaste de aumentar os vencimentos antes mesmo de Lula assumir. E com um reajuste maior do que o previsto para o salário mínimo (50% contra 20%). Carona amiga Na passagem de Lula pelo Rio, anteontem, o carro oficial de Benedita da Silva tentou furar o cerco de batedores para acompanhar o do presidente eleito. Como os policiais não permitiam, a petista abriu a janela, pôs a cabeça para fora e gritou: "Sou a governadora, a governadora!". Cota peemedebista Hélio Costa (MG) e Sérgio Machado (CE) são os nomes para o governo Lula mais cotados do PMDB, que deve fechar hoje acordo com o petista. Para Minas e Energia e Integração Nacional, respectivamente. Em campanha José Pinotti (PMDB-SP) tem circulado por gabinetes de petistas no Congresso fazendo lobby. Ficaria muito feliz se fosse escolhido ministro da Saúde. Revisionismo petista Lula pretende resgatar o grupo de petistas que, por descumprir a orientação de não participar do colégio eleitoral, em 85, acabou deixando o partido. José Eudes, Beth Mendes e Airton Soares, que votaram em Tancredo Neves, devem ser convidados a colaborar com o governo. Nova opção Com a recusa de Waldir Pires (PT-BA) em ocupar a Corregedoria Geral da União, cresce a chance de Arlindo Chinaglia (PT-SP) assumir o cargo. Cobrar resultados Ministro da Justiça de Lula, Márcio Thomaz Bastos pretende estipular metas aos Estados no combate à violência, em troca da liberação de recursos federais. Serra defendeu proposta semelhante na campanha. Escalão próximo José Graziano indicou a Lula dois amigos e colegas da Unicamp, Clayton Campanhola e Luis Guedes Pinto, para, respectivamente, as direções da Embrapa e da Conab, os principais órgãos da Agricultura. Os nomes irritaram setores do PT. Terceira via Ramez Tebet (MS) corre por fora na disputa pela presidência do Senado. Conta com o desgaste dos dois pré-candidatos do PMDB (Renan Calheiros e José Sarney) para continuar no cargo como opção de conciliação. Ponto de negociação O PFL não entrará na disputa pela presidência do Senado nem apoiará um candidato de oposição. Sarney é o preferido do partido. Mas, se ele não concorrer, está disposto a votar no indicado pelo PMDB. A única exigência é participar da Mesa. Saudades do governo Geraldo Althoff (PFL) planejava fazer perguntas duras a Henrique Meirelles na sabatina do Senado. Mas a cúpula pefelista o convenceu a moderar o tom. Curriculum vitae O ex-ministro Reinhold Stephanes (Collor e FHC) assumirá a Secretaria da Administração de Roberto Requião (PMDB). O irmão do governador eleito do Paraná Maurício Requião vai para a pasta da Educação. Ataque aéreo Sindicatos de aeronautas procuraram ontem o governo de transição para reclamar da provável indicação de Carlos Wilson (PTB-PE) para a Infraero. Alegam que o petebista não conhece o setor e foi nomeado à revelia do Ministério da Defesa. TIROTEIO De José Genoino (PT-SP), sobre a formação do bloco PSDB-PFL na Câmara: - Nós [o PT] não somos mais o Iraque. Somos uma potência militar como EUA ou Rússia. Uma coisa é guerrear contra a quarta bancada. Outra é brigar com o partido que tem a maior bancada e o governo. CONTRAPONTO Primeiro as más
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) participou na última segunda-feira, em São Paulo, da entrega do prêmio "Personalidades do Ano", promovido
pela revista "IstoÉ". |
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