São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Fio da navalha
É estreita a margem de manobra de Aldo Rebelo
(PC do B-SP). Nem sonha em retirar o apoio ao aumento de 91% autoconcedido pelos parlamentares,
sob pena de inviabilizar sua reeleição em fevereiro. Ao
mesmo tempo, o presidente da Câmara teme pelo
avançado processo de "severinização" de sua própria
imagem e da Casa como um todo. Gancho. Com o salário parlamentar em pauta, Álvaro Dias (PSDB-PR) ressuscitou seu projeto que reduz em um terço o número de senadores e em 21% o de deputados. Duas classes. Everton, 7, estrela nas fotos de campanha de Lula, vai a Brasília com despesas pagas pelo PT para a posse do presidente. Será um dos poucos "incluídos" no Palácio do Planalto, contra os cerca de 40 mil convidados que ficarão do lado de fora. Camarote. Lideranças de 20 igrejas evangélicas também foram convidadas para a "área VIP" da festa. Dose dupla. Se os controladores de vôo deixarem, será agitado o 1º de janeiro de FHC. O ex-presidente pretende acompanhar a posse de Teotonio Vilela Filho em Alagoas pela manhã e, à tarde, a de José Serra em São Paulo.
É com ele. A quem lhe pergunta por quanto tempo ficaria no ministério, Marta Suplicy diz: "Um dia ou quatro
anos. Quanto tempo o presidente quiser". A resposta polida é uma forma de escapar das cascas de banana atiradas pelos que pretendem usar o argumento de 2008 para mantê-la longe da Esplanada. Ventilador. Raimundo Lacerda, sobrinho do deputado eleito José Airton Cirilo (PT-CE) acusado de integrar a máfia das ambulâncias, estremeceu a Câmara de Icapuí, onde é assessor. Acuado por questões locais, afirmou que o dinheiro dos sanguessugas financiou vários vereadores. Imagem é tudo. Na carona da minissérie "Amazônia - De Galvez a Chico Mendes", o governo do Acre, sob o comando do petista e ministeriável Jorge Viana, produziu duas peças institucionais sobre o Estado que estão sendo veiculadas na Globonews, a um custo de R$ 133 mil. Quem? Desde abril à frente da pasta dos Esportes, Orlando Silva ainda é um desconhecido para muitos parlamentares. Ontem, Maguito Vilela (PMDB-GO) esforçou-se para lembrar o nome do ministro na tribuna do Senado. Sem conseguir, mudou de assunto. Quase perfeito. Roberto Requião (PMDB) fez o que pôde para convencer Jorge Samek a trocar a presidência de Itaipu por uma cadeira no secretariado do Paraná. Esperava, de uma tacada, levar o amigo para o governo e indicar seu substituto. Mas Samek disse não, obrigado.
Na prática. Dos 18 secretários anunciados até agora por
Yeda Crusius, dez são parlamentares de partidos que a
apoiaram na conquista do governo gaúcho. Ao ser eleita, a
tucana falava em montar um
primeiro escalão "técnico". Do deputado federal PAULO PIMENTA (PT-RS), cobrando união dos colegas contra os 91% defendidos publicamente por Arlindo Chinaglia, candidato do partido à presidência da Câmara. Contraponto Memória seletiva
Sandro Mabel (PR-GO) foi um dos 29 deputados presentes à reunião da Mesa Diretora, na quinta-feira passada, que decidiu pelo aumento salarial de 91% para os parlamentares. Ontem, com o céu desabando sobre o Congresso, Mabel relutava em tratar do assunto. |
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