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São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

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PAINEL

Risca de giz
Lula reclamou de Anthony e Rosinha Garotinho com aliados. Disse que está tendo "paciência" com a "família", mas que "não" o estão "tratando como deveriam". "Ele (Garotinho) diz que dou mais atenção ao Ciro Gomes, mas não veio para o governo quando o convidei".

2006 está aí
A intenção de Lula é dar apoio aos governadores Paulo Hartung (ES) e Ronaldo Lessa (AL), adversários de Garotinho no PSB, para fortalecê-los no partido. O primeiro cogitava sair da sigla, mas foi convencido a ficar e a enfrentar o ex-governador.

Política externa
Lula quer deixar claro em Davos que sua atuação internacional será marcada por um tom mais "ousado" que a de FHC. Em seu discurso, ao pedir que os países desenvolvidos "apostem no Brasil", atacará o protecionismo, reclamando o fim de barreiras comerciais.

O outro Brasil que vem aí
Fernando Freyre, filho do sociólogo Gilberto Freyre, deixará após 31 anos o cargo de presidente da Fundação Joaquim Nabuco (PE). Cristovam Buarque (Educação) nomeou Fernando Lyra para o seu lugar.

Reforma geral
Além da quebra da "tradição" de três décadas na Fundação Joaquim Nabuco, o ministro da Educação decidiu reformular o órgão, incluindo o processo de escolha de seu presidente. Lyra ficará no cargo apenas o período necessário para reestruturá-lo.

Sob nova direção
Wilson Santarosa é o novo diretor-geral do setor que comanda a política de patrocínios da Petrobras, de projetos culturais, como a Mostra Internacional de Cinema de SP, à Formula 1.

Sem assinatura
Roberto Freire (PPS) diz que não assinou o requerimento de formação de bloco com o PT -que João Paulo quer ter nas mangas para a eleição da presidência da Câmara- por cumprir uma decisão partidária.

Guerra interna
Segundo Freire, Herrmann (PPS), que assinou o requerimento de formação de bloco com o PT, será advertido. O presidente do PPS diz que o deputado tenta colocá-lo contra o PT.

Colaboração familiar
A pedido de Lula, o caminhoneiro Rogério da Silva Moreno, seu sobrinho, está colocando no papel sua visão sobre as condições das estradas brasileiras e da situação da categoria. Escrito à mão, o material será digitalizado antes de ser entregue ao tio.

Na prática
Lula pediu ainda na campanha, e reiterou depois de eleito, que o sobrinho caminhoneiro enviasse sua opinião sobre os problemas do transporte rodoviário a ele. "O técnico às vezes tem boa vontade e conhecimento, mas não viveu o problema na prática", diz Silva Moreno.

Três padrinhos
Custódio de Mattos (MG) lançou sua candidatura à liderança do PSDB na Câmara com o apoio de Aécio Neves (MG), Geraldo Alckmin (SP) e Tasso Jereissati (CE). Jutahy Júnior (BA), o atual líder, está sendo "convencido" a ocupar a segunda-secretaria da Câmara.

Contrapartida
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Luiz Eduardo Soares (secretário de Segurança Pública) divergem em ao menos um ponto: o ministro pensa em cobrar dos Estados metas no combate à criminalidade, em troca de recursos da União. Soares acha a medida inadequada.

Para inglês ver
Para o secretário de Segurança Pública, os Estados poderão maquiar dados para atingir as metas. Haveria, assim, um sucesso virtual. O uso de metas, um dos pontos do programa eleitoral de Serra, é apoiado por Thomaz Bastos como forma de obrigar o governante a trabalhar bem.

TIROTEIO

Do deputado reeleito Ricardo Barros (PPB), sobre o provável apoio de seu partido a Lula:
- O PPB tem de ser independente. Se o partido tomar o rumo do governo ou da oposição, poderá perder quadros, enfraquecendo-se.

CONTRAPONTO

Afinidade total

Lula sofre há quase duas décadas de bursite (inflamação no ombro), que trata com sessões de fisioterapia.
A dor surge, com graus variados de intensidade, principalmente em situações de muito movimento - quando o petista acena, levanta o braço ou aperta mãos seguidamente.
No dia da posse, por exemplo, as câmeras de televisão por várias vezes registram o presidente levando a mão ao ombro direito, com nítida expressão de dor.
Dias atrás, o deputado federal João Herrmann (PPS-SP) telefonou para o governador Eduardo Braga (PPS-AM), seu correligionário. Estranhou quando um auxiliar do governador disse que ele não poderia atendê-lo.
O assessor, então, explicou:
- Deputado, me desculpe, o governador está sentindo muita dor no ombro. É bursite.
Herrmann não perdoou:
-Vai ser puxa-saco assim...



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