MARCELO SALINAS
DA REDAÇÃO

Foi enterrado ontem em São Bernardo do Campo um dos irmãos mais novos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mecânico Odair Inácio de Góes, 52, que estava internado em uma clínica havia três anos por causa do alcoolismo. Odair era irmão do presidente por parte de pai e sua mãe era prima da mãe de Lula.
Daia, como era conhecido, morreu anteontem por volta das 22h30, de infarto do miocárdio. Ele havia perdido a coordenação motora devido a um problema relacionado ao consumo excessivo de álcool.
Há cinco anos, Odair deixou a família em Americana (SP) para trabalhar no Guarujá (SP). A viúva, Maria Aparecida de Góes, 51, disse que os dois viveram juntos por 22 anos, mas ele a abandonara "por causa da bebida". Ela e os três filhos vieram de Americana num carro oficial da Assembléia Legislativa, cedido pelo deputado Antonio Mentor (PT).
A cerimônia fúnebre foi realizada pelo pastor evangélico Roberto Ferreira de Góes, 57, também irmão de Lula por parte de pai.
Segundo o pastor, o pai deles teve 17 filhos, sendo que 15 continuam vivos. Nas contas de outro irmão, Frei Chico, eles eram em 19. Para outro irmão do presidente, Jackson Inácio da Silva, eram 25 filhos, dos quais sobraram 15. Na biografia de Lula, escrita pela jornalista Denise Paraná, "o pai de Lula teve muitas mulheres e deixou 22 filhos".
O presidente não foi ao enterro em São Bernardo por causa de sua viagem à Amazônia e à Colômbia. Lula soube da morte às 9h de ontem por intermédio de Frei Chico, que o representou na cerimônia e disse que o presidente reclamou de não ter sido avisado antes.


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