DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal pretende indiciar o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB) sob a acusação de praticar o crime de formação de quadrilha com a ajuda de servidores indicados por ele para cargos de confiança nos Correios.
Devem ser indiciados por essa mesma prática o ex-chefe de departamento dos Correios Maurício Marinho, o ex-diretor da estatal Antonio Osório, o ex-assessor deste Fernando Godoy e o genro de Jefferson, Marcus Vinícius Vasconcelos.
Em maio de 2005, reportagem da revista "Veja" revelou trechos de uma fita de vídeo na qual Marinho descreve um esquema de fraude a licitações na estatal, recebe R$ 3 mil de propina e afirma que as negociatas se davam com o patrocínio do PTB.
Jefferson foi o responsável pela indicação de Osório, em cuja diretoria, diz Marinho, seriam conduzidas as fraudes. O crime de formação de quadrilha, diz a PF, se configura porque Jefferson teria se unido aos outros para fraudar licitações e angariar recursos para o PTB.
Jefferson disse, por meio de sua assessoria, que a decisão da PF de indiciá-lo "prova que a PF está se transformando no braço político do PT". A Folha não conseguiu localizar os advogados de Marinho, Osório e Marcus Vinícius. O advogado de Godoy disse que somente irá se pronunciar quando ler o relatório do inquérito.


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