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Conselheiro é alvo de investigações sobre nepotismo e suposta cobrança de propina
DA REPORTAGEM LOCAL
Eduardo Bittencourt Carvalho é alvo ainda de duas investigações sigilosas que tramitam
na Procuradoria Geral de Justiça, uma por nepotismo e outra
por suposta cobrança de propina de empresas interessadas
em contratos públicos.
Conforme reportagem da
Folha, de 26 de dezembro, Bittencourt nomeou os cinco filhos para cargos no TCE.
As únicas duas filhas com nível universitário foram contratadas com salários de R$ 11 mil
e R$ 12 mil líquidos.
Uma testemunha ouvida pela
Promotoria afirmou que os filhos compareciam ao TCE uma
vez por mês para assinar o livro
de ponto.
O Ministério Público abriu
inquérito civil para apurar suposta improbidade administrativa. Em caso de condenação, o
servidor tem que devolver o valor recebido indevidamente.
Hoje, a primogênita de Bittencourt, Cláudia, disputa, em
concurso público, uma das sete
vagas de auditor do TCE, com
salário de R$ 18 mil. O presidente da comissão examinadora da banca é o pai.
Em 2006, Cláudia tentou vaga de auxiliar de fiscalização financeira V, com salário de R$
2.500. Ela ficou fora da lista dos
dois mil melhores pontuados.
Hoje assessora técnica, ela ganha R$ 11 mil líquidos.
Neste mês, os sete conselheiros do Tribunal de Contas disseram que irão demitir os familiares em até 90 dias. Todos eles
nomearam parentes sem concurso público.
Carros
Em outro caso, no Ministério
Público há pelo menos cinco
anos, Bittencourt é acusado por
Arnaldo Rodrigues dos Santos,
ex-vice-presidente da extinta
concessionária Sopave, de ter
recebido propina em troca de
aprovação de contratos públicos.
A Sopave fazia parte do grupo
da Transbraçal Prestação de
Serviços Públicos, hoje TB Serviços, que ainda presta serviços
a órgãos públicos.
"De 1984 a 1995, eu mesmo
entreguei carros para o conselheiro. Se ele disser que estou
mentindo, peço que mostre um
recibo de quitação de veículo",
afirmou ele.
Santos está em disputa judicial com os proprietários da TB
Serviços que o excluíram da herança familiar -ele foi casado
com uma das filhas do fundador.
A firma move ações contra o
empresário, a quem acusa de
criar histórias para prejudicar o
grupo.
(LC)
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