São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Críticas a plano são eleitoreiras, diz ex-secretário

DO ENVIADO A ARAÇUAÍ (MG)

O ex-secretário Nacional dos Direitos Humanos Nilmário Miranda disse ontem que as críticas ao Programa Nacional de Direitos Humanos foram feitas por conta da eleição presidencial de 2010. Disse ainda que o projeto foi alvo de "militares de pijama".
"Eu vejo senadores como Arthur Virgílio [PSDB-AM] falarem que querem saber, querem discutir o plano, mas os dois planos anteriores foram no governo Fernando Henrique [Cardoso] e ele defendia. Eu era da oposição, mas nunca fiz oposição a direitos humanos", afirmou.
E completou: "Outros aproveitaram a carona por oportunismo. A chamada musa do latifúndio [referindo-se à senadora Kátia Abreu (DEM-TO)] aproveitou para colocar seus preconceitos".
Atual presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT, Nilmário afirmou que "militares de pijama, remanescentes da repressão, também aproveitaram o momento". De acordo com o petista, os "militares da ativa são democratas, mas eles não querem uma revisão da história".
Para o ex-secretário, a polêmica apresenta pontos positivos, pois "todos têm o direito de debater". Ele disse, no entanto, haver "muita hipocrisia".
Questionado sobre as críticas que partiram de membros de dentro do próprio governo Lula, como o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, Nilmário afirmou que "ele teve seis meses para fazer as observações e não precisava fazer pela imprensa, como fez".
Disse também que as divergências com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já estão resolvidas.
Para o ex-secretário, "vai haver comissão da verdade", o governo está tranquilo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém apoio ao programa.


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