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Críticas a plano são eleitoreiras, diz ex-secretário
DO ENVIADO A ARAÇUAÍ (MG)
O ex-secretário Nacional
dos Direitos Humanos Nilmário Miranda disse ontem
que as críticas ao Programa
Nacional de Direitos Humanos foram feitas por conta da
eleição presidencial de 2010.
Disse ainda que o projeto foi
alvo de "militares de pijama".
"Eu vejo senadores como
Arthur Virgílio [PSDB-AM]
falarem que querem saber,
querem discutir o plano, mas
os dois planos anteriores foram no governo Fernando
Henrique [Cardoso] e ele defendia. Eu era da oposição,
mas nunca fiz oposição a direitos humanos", afirmou.
E completou: "Outros
aproveitaram a carona por
oportunismo. A chamada
musa do latifúndio [referindo-se à senadora Kátia
Abreu (DEM-TO)] aproveitou para colocar seus preconceitos".
Atual presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT, Nilmário
afirmou que "militares de pijama, remanescentes da repressão, também aproveitaram o momento". De acordo
com o petista, os "militares
da ativa são democratas, mas
eles não querem uma revisão
da história".
Para o ex-secretário, a polêmica apresenta pontos positivos, pois "todos têm o direito de debater". Ele disse,
no entanto, haver "muita hipocrisia".
Questionado sobre as críticas que partiram de membros de dentro do próprio governo Lula, como o ministro
da Agricultura, Reinhold
Stephanes, Nilmário afirmou que "ele teve seis meses
para fazer as observações e
não precisava fazer pela imprensa, como fez".
Disse também que as divergências com o ministro da
Defesa, Nelson Jobim, já estão resolvidas.
Para o ex-secretário, "vai
haver comissão da verdade",
o governo está tranquilo e o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva mantém apoio ao
programa.
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