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Delegado diz que pedirá indenização
DO ENVIADO A PALMAS
O delegado da Polícia Federal
Luís Fernando Machado, 34, afirmou ontem que vai pedir indenização do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) por danos morais e contestou que teria praticado abuso de autoridade ao colocar algemas no ex-senador.
"Em negro e pobre todo mundo
coloca algemas, mas em branco e
rico é mais difícil", disse, em conversa com agentes da PF.
Machado ficou revoltado com
declarações de Jader a jornais do
Pará de que ele teria sido nomeado pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e que estaria a serviço de ACM e do senador Romeu Tuma (PFL-SP). O
advogado do delegado, Aroldo
Dotti, prepara uma ação indenizatória contra Jader.
Por intermédio do seu advogado, Machado disse que colocou as
algemas em Jader seguindo uma
orientação internacional acatada
pelo DAC (Departamento de
Aviação Civil) e pela Aeronáutica.
Essa seria uma norma de segurança observada no transporte
aéreo de presos.
Logo após a prisão, geralmente
deprimidos ou instáveis emocionalmente, os presos podem tentar
o suicídio ou atacar os agentes policiais ou mesmo o piloto do avião
se não estiverem algemados, relatou o delegado. Machado afirmou
que algemou Jader já dentro do
avião em Belém e que retirou as
algemas no saguão do aeroporto
de Palmas. Naquele momento,
entregou o preso ao delegado da
PF em Tocantins José Pacífico.
Pacífico colocou novo par de algemas no ex-senador e o transportou até a Superintendência da
PF em Palmas. O delegado disse
ontem que tinha uma orientação
do superintendente da PF em Tocantins, João Fonseca Coelho:
transportar Jader nas mesmas
condições em que ele chegasse.
Como chegou algemado, foi
transportado dessa forma até o
local da prisão.
"Como se tratava de uma personalidade, não fui eu quem decidiu. Eu segui uma orientação do
superintendente."
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