São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

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MÍDIA

Sérgio Dávila e Juca Varella foram os únicos jornalistas brasileiros que presenciaram em Bagdá o início da invasão do Iraque

Cobertura da guerra recebe Prêmio Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

A cobertura da Guerra do Iraque realizada pelo repórter Sérgio Dávila e pelo repórter-fotográfico Juca Varella ganhou o Grande Prêmio Folha de Jornalismo de 2003. Os dois profissionais foram os únicos jornalistas brasileiros que acompanharam, do solo iraquiano, o início dos bombardeios a Bagdá pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, na madrugada do dia 20 de março, e os primeiros 12 dias do conflito.
Eles permaneceram na cidade até o dia 31 daquele mês, quando seguiram para a Jordânia e depois para o Qatar. Retornaram a Bagdá um dia depois da queda do regime de Saddam Hussein, em 10 de abril. Somente no dia 13 de abril começaram a chegar à cidade correspondentes de outros veículos de comunicação do Brasil.
O Prêmio Folha foi instituído em 1993 e é entregue anualmente aos melhores trabalhos produzidos por profissionais da Empresa Folha da Manhã S/A, que edita a Folha e o "Agora São Paulo".
Há premiações bimestrais e seleção final no término do ano.
Além do Grande Prêmio, ocorre o reconhecimento para outras seis categorias.

Outras categorias
Na categoria Reportagem, o Prêmio Folha de 2003 foi dividido entre duas duplas de profissionais. Uma delas, composta pelos repórteres Chico de Góis e Alencar Izidoro, foi responsável pela série "A máfia dos transportes em São Paulo", publicada no caderno Cotidiano. O material revelou fraudes e outros delitos que envolviam sindicalistas e empresários do setor de transporte coletivo da cidade.
A outra dupla, formada pela repórter Fernanda Mena e pelo repórter-fotográfico João Wainer, elaborou as reportagens do caderno Folhateen que retratou o cotidiano dos jovens "soldados" que trabalham para o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
O vencedor na categoria Edição foi o caderno especial denominado "450 anos de história - passado reconta o cotidiano de São Paulo", em que a história da cidade de São Paulo, desde seus primórdios, foi reconstituída por intermédio de fatos e de costumes ligados ao dia-a-dia dos moradores da cidade.
O "Guia da reforma", publicado em cinco edições do caderno Construção, no qual especialistas ensinavam a diagnosticar e a corrigir problemas nas redes de água e luz, paredes, coberturas e pisos de residências, recebeu o Prêmio Folha na categoria Serviço.
Na categoria Arte, venceu o projeto gráfico que reformulou o suplemento infantil Folhinha, que completou 40 anos em 2003, tornando-o mais bonito, colorido e divertido.
O vencedor na categoria Especial foi a edição da Revista da Folha que desenhou o mapa da juventude da cidade de São Paulo, oferecendo, por meio de pesquisa inédita, dados sobre hábitos, preferências e o cotidiano dos jovens moradores das diversas áreas.
Assim como em Reportagem, também a categoria Fotografia teve mais de um vencedor: a seqüência em que aparecem homens armados durante conflito num acampamento de sem-teto que resultou na morte do fotógrafo Luís Antônio da Costa, de André Porto, do "Agora São Paulo", e a imagem de um paciente que sofreu operação cerebral abandonado em um leito, de autoria de Tuca Vieira.
A comissão julgadora do Prêmio foi composta por Paula Cesarino Costa, secretária de Redação, Cleusa Turra, secretária-assistente de Redação, Alcino Leite Neto, editor de Domingo, Contardo Calligaris e Fernando Bonassi, colunistas da Folha.


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