São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 2000


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Malan quer unificar discurso

da Sucursal de Brasília

A discussão sobre o valor do salário mínimo dentro do governo vai ter um dia decisivo hoje. O ministro Pedro Malan (Fazenda) vai se reunir com FHC e outros ministros e tentar unificar o discurso em torno dos R$ 150.
Malan quer que todo o governo assuma essa posição, a começar pelos ministros que serão sabatinados a partir de amanhã na comissão especial da Câmara que estuda o valor do mínimo: Francisco Dornelles (Trabalho), amanhã; na quarta, o próprio Malan, e, na quinta, Waldeck Ornélas (Previdência). Malan vai defender um "reajuste responsável", comprometido com "a política de controle do déficit público".
Assustada com o entusiasmo da oposição e do PFL em torno de um mínimo entre R$ 170 e R$ 180, a equipe econômica decidiu se expor e tentar impor a sua proposta (em torno de R$ 150).
Para Malan, todas as propostas levantadas para financiar um mínimo acima de R$ 150 vão, na prática, pressionar o déficit público.
O próprio Orçamento não admitiria mais pressões. O déficit anual da Previdência, de R$ 9,9 bilhões, previsto no Orçamento, já está próximo dos R$ 11 bilhões.
Para o Planalto, quanto mais cedo o governo sepultar a expectativa de um aumento superior aos R$ 150, menos sujeita a cobranças ficará a equipe econômica.



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