|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Malan quer unificar discurso
da Sucursal de Brasília
A discussão sobre o valor do salário mínimo dentro do governo
vai ter um dia decisivo hoje. O ministro Pedro Malan (Fazenda) vai
se reunir com FHC e outros ministros e tentar unificar o discurso
em torno dos R$ 150.
Malan quer que todo o governo
assuma essa posição, a começar
pelos ministros que serão sabatinados a partir de amanhã na comissão especial da Câmara que
estuda o valor do mínimo: Francisco Dornelles (Trabalho), amanhã; na quarta, o próprio Malan,
e, na quinta, Waldeck Ornélas
(Previdência). Malan vai defender
um "reajuste responsável", comprometido com "a política de
controle do déficit público".
Assustada com o entusiasmo da
oposição e do PFL em torno de
um mínimo entre R$ 170 e R$ 180,
a equipe econômica decidiu se expor e tentar impor a sua proposta
(em torno de R$ 150).
Para Malan, todas as propostas
levantadas para financiar um mínimo acima de R$ 150 vão, na prática, pressionar o déficit público.
O próprio Orçamento não admitiria mais pressões. O déficit
anual da Previdência, de R$ 9,9
bilhões, previsto no Orçamento,
já está próximo dos R$ 11 bilhões.
Para o Planalto, quanto mais cedo o governo sepultar a expectativa de um aumento superior aos
R$ 150, menos sujeita a cobranças
ficará a equipe econômica.
Texto Anterior: Salário mínimo: R$ 160 tira dois milhões da pobreza, diz estudo Próximo Texto: Relação pode azedar, diz ACM Índice
|