São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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PAINEL

Fumaça preta 1
O ministro Luiz Gushiken não aprovou o slogan "Um bom exemplo: tudo começa aí", criado pela agência de Duda Mendonça para a nova campanha publicitária do governo.

Fumaça preta 2
As linhas básicas da campanha, que abordará temas como educação no trânsito, estímulo à leitura e importância da prática de exercícios físicos, receberam sinal verde do titular da Secom. O slogan, porém, deverá "ser ajustado ao espírito de utilidade pública da campanha", explica um assessor de Gushiken.

Sintonia fina
Estão em discussão na Secom opções de slogan como "Tudo começa com você", "Exemplo é você quem dá" e "Bom exemplo: essa moda vai pegar".

Força divina
Tendo em mente suas perenes dificuldades no Congresso Nacional, o governo Lula suspirou de inveja diante do rolo compressor que rapidamente selou a eleição de Joseph Ratzinger, agora papa Bento 16.

Saia justa
O Conselho de Defesa da Pessoa Humana aprovou ontem, por seis votos a dois, moção do líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), a favor da deliberação da ONU que condenou as restrições às liberdades individuais em Cuba.

Vista grossa
O Brasil se absteve quando houve a votação da moção nas Nações Unidas. Ontem, os únicos votos contrários à proposta do líder da minoria vieram do governo: um do representante da Secretaria de Direitos Humanos e outro do Itamaraty.

Consórcio 1
Uma parceria entre os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo para a despoluição do rio Doce e o desenvolvimento da região vizinha será selada em reunião na próxima segunda no município de Pedra Azul (ES).

Consórcio 2
Os governadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulo Hartung (PSB-ES), secretários dos dois Estados e empresários capitaneados pela Vale do Rio Doce estarão no evento de conclusão do projeto, que deverá ter financiamento do Banco Mundial.

Hora do troco
De Severino Cavalcanti (PP-PE), diante de pergunta sobre as denúncias contra Romero Jucá: "Quem pode responder é Renan Calheiros, que indicou o ministro e o conhece muito bem".

O clone
Apesar da amistosa viagem a Roma, o presidente da Câmara ainda se queixa do colega do Senado, a quem acusa de querer roubar sua bandeira contra o excesso de medidas provisórias.

Batendo o pé
Severino avisa que nada o fará aceitar a idéia de Renan de mudar a tramitação das MPs para que dêem entrada de forma alternada entre Câmara e Senado.

Gigantes do ringue
Na reunião para discutir o destino das medidas provisórias, ACM lembrou que já foi cronista esportivo. Aloizio Mercadante emendou: "O sr. devia cobrir telecatch, luta-livre e vale-tudo".

Fogo cerrado
A base aliada não parece disposta a dar trégua a Dilma Rousseff. Foi aprovada a convocação da ministra das Minas e Energia para depor na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Visita à Folha
Roger Agnelli, presidente da Companhia Vale do Rio Doce, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Carla Grasso, diretora-executiva de Recursos Humanos e Serviços Corporativos, de Fernando Thompson, assessor de imprensa, e de Alex Periscinoto e Luiz Sales, sócios-diretores da SPGA Consultoria Empresarial Ltda.

TIROTEIO

Do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), pegando pesado sobre a possibilidade de o ministro Ciro Gomes candidatar-se ao governo do Rio:
-O governo quer despejar todos os seus resíduos na baía de Guanabara, já tão poluída.

CONTRAPONTO

Linha cruzada

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto (SP), orientou ontem o deputado Inaldo Leitão (PL-PB) a obstruir a sessão da CCJ. Queria forçar o presidente da comissão, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), a colocar em votação o fim da verticalização das coligações.
O deputado José Mentor (PT-SP) começou a pressionar Leitão para encerrar a obstrução. E os dois se puseram a ligar insistentemente para Costa Neto.
O presidente do partido deixou de atender às sucessivas ligações de Mentor, mas aceitou falar com o correligionário.
-Inaldo, não fale para o Mentor que sou eu, mas continue firme na obstrução.
Do outro lado, uma surpresa:
-Valdemar, aqui quem fala é o Mentor. Dou a minha palavra que vamos votar a verticalização na semana que vem.
Constrangido com a confusão, Costa Neto fechou o acordo.


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