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Petista deve assumir porto de Santos com apoio do PSB
Indicação de Fausto Figueira, aliado de José Dirceu, teve o aval do ex-ministro
Terminal hoje está sob o Ministério dos Transportes, controlado pelo PR; líder
do PSB articulou a criação da Secretaria dos Portos
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-deputado estadual
Fausto Figueira (PT-SP) deverá ser o novo presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), órgão federal responsável pelo comando
do porto de Santos, o maior e
mais importante do país.
Aliado do ex-ministro José
Dirceu, Figueira não foi reeleito em 2006 e deverá assumir o
cargo, até o final do mês, com o
apoio do líder do PSB na Câmara, Márcio França.
França se destacou na articulação para criar a Secretaria
Nacional dos Portos, a ser implantada pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para contemplar o PSB no ministério.
Atualmente, a direção do
porto, ainda subordinado ao
Ministério dos Transportes, é
ocupada por José Carlos Mello
Rego, indicado pelo PR.
O PT tem hoje duas diretorias, que o partido negocia com
o governo para manter, já que
parte da legenda em São Paulo,
especialmente o grupo ligado a
Marta Suplicy, não se sente representada por Figueira.
A Folha apurou que a indicação de Figueira teve o aval de
Dirceu, hoje consultor de empresas, e teve o apoio da Libra
Terminais, uma das maiores
operadoras do porto. O terminal paulista de cargas responde
por 30% da movimentação do
setor no país.
A indicação de Figueira também é bem vista pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Apesar de
não considerar o petista um
"técnico", a instituição avalia
que ele têm credenciais éticas
para ocupar o posto.
Médico por formação, ele é o
primeiro suplente petista da
Assembléia paulista e tem pretensões de concorrer à Prefeitura de Santos em 2008.
O PMDB paulista também
deve receber um cargo de direção no porto. Para isso, abrirá
mão de controlar a Ceagesp,
principal central de abastecimento do Estado, subordinada
ao Ministério da Agricultura.
O nome mais forte no partido para uma diretoria da Codesp é o do ex-presidente da
Câmara de São Paulo, Miguel
Colassuono, indicado pelo ex-governador Orestes Quércia.
Se a triangulação der certo,
na Ceagesp o controle retornará ao grupo do deputado federal João Paulo Cunha (PT), que
controlava a central até o escândalo do mensalão, em 2005.
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